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Linhagem do Candomblé Kêto no Brasil

Linhagem do Candomblé Kêto no Brasil – Por Alan Geraldo Myleo As informações que seguem foram retiradas do livro de Pierre Verger – Orixás – Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo. A construção dessa linhagem que segue gera, até hoje, muitas divergências pois, além se serem baseadas em versões orais, envolvem uma certa vaidade devido a importância histórica, social, cultural e religiosa que envolvem tais versões. 1º Terreiro de Candomblé Kêto (oficialmente reconhecido) (Primeira metade do séc. XIX) Ilê Axé Iyá Nassô Oká Barroquinha, Salvador – BA 1ª Yalorixá - Iyá Nassô 2ª Yalorixá – Marcelina Obatossí 3ª Yalodê ou Erelun(como era conhecida na sociedade Geledé) Nome de batismo: Maria Júlia Figueiredo Obs: essa é considerada a primeira linhagem da Nação Kêto fundada com o auxílio do Babalawô Bangboxê Obiticô. Segundo algumas versões orais, YáNassô era uma das três princesas vindas do Império de Oyó( junto com Yá Acalá e Yá Adetá) que foram alforriadas por

O Sistema Educacional, as Avaliações e os Índices

           Dentro da perspectiva neoliberal, os sistemas de serviços públicos são articulados para o fracasso. Se não há fracasso não há adesão ao setor privado. As pessoas, se pudessem escolher não gastar com saúde e educação não o fariam. Para articular tal falência de modo a não parecer realmente uma estratégia articulada, constrói-se todo um discurso ideológico sustentado por um equivocado ideal democrático. Tal ideal sustenta uma ideia de liberdade de ação e estratégia pedagógica. Cada escola, cada professor cria suas próprias estratégias e ações para adaptar à realidade de cada comunidade ou individuo. São os chamados Projetos Políticos Pedagógicos. Isso é coerente com uma proposta humanista. O problema surge quando todas as estratégias e ações elaboradas e executadas são avaliadas por um sistema único, específico, elaborado por quem não elaborou e executou as estratégias e adaptações pedagógicas. Ou seja, os vestibulares, o ENEM, SAEB, SARESP, e qualquer avaliação ou proce

Sobre Dívida, Medo e Escravidão - Em Educação Política ao Alcance de Todos

A construção das estruturas capitalistas conquistaram seus alicerces mais sólidos através da dívida. Não foram satélites, bombas nucleares, nem ditaduras. Foi simplesmente a dívida. As instituições responsáveis por guardar dinheiro criaram uma estratégia de multiplicar a riqueza sem produzir riqueza. Ou seja, produzir dinheiro utilizando dinheiro. Para entender isso é necessário compreender que a moeda (em papel ou metal) não é a riqueza. E sim a representação dela como citado em outro capítulo. Portanto a criação de dinheiro a partir do dinheiro é algo incompatível com a lógica racional de equivalência entre riqueza material produzida pela agricultura, indústria e comércio com a quantidade de dinheiro existente nas contas bancárias, em cofres ou em sistemas virtuais de computadores. Nas origens do sistema monetário temos uma simples utilização de objetos pequenos, portáteis, que não podem ser facilmente produzidos ou falsificados. Búzios, penas, pedras, brilhantes, prata e our

Sobre Religião - Em Educação Política ao Alcance de Todos

Sobre Religião A religião é um dos grandes fenômenos humanos que compõem as dimensões de organização das sociedades. É também uma das mais essenciais manifestações da racionalidade. A razão humana, desde nossa existência, se dedica em explicar. Explicar tudo. A ciência moderna alcançou teorias, comprovadas ou não, para a existência de tudo. Ou melhor, quase tudo. Uma das coisas que não há explicação comprovada é, por exemplo, a origem do Big Bang. Sabe-se que existiu. Sabe-se que antes dele era nada. Então de onde veio? Do nada? Como pode algo vir do nada? Assim sendo o pensamento científico associa tal origem ao mistério da criação, ou seja, DEUS. Isso não passa de uma repetição do pensamento lógico. Quando nos tornamos animais pensantes passamos a buscar explicações sobre tudo. E tudo o que não conseguíamos explicar, automaticamente e inconscientemente, associávamos a Deus. Deus então representa a força criadora, o mistério da criação, que recebeu muitos nomes de acordo com c

Sobre Cultura - Em Educação Política ao Alcance de Todos

Sobre Cultura A cultura é um dos fenômenos mais subjetivos e relativos entre as manifestações do intelecto humano. Subjetivo por estar totalmente relacionado à qualquer hábito pertencente à um grupo social. E relativo por se dar de maneira tão diversificada, de acordo com a realidade e necessidade de cada pessoa ou grupo. Desde as expressões mais fundamentais como gestos, códigos, língua até as complexas e profundas expressões artísticas, a cultura marca o conjunto de significados, métodos e técnicas desenvolvidas para um determinado fim. Todos os povos do mundo aprenderam a plantar e a cultivar os próprios alimentos e a manipulá-los. Isso é uma atividade econômica para a manutenção de uma necessidade social. Porém o que se planta, como se planta e quando. Como se manipula e armazena. Como se consome e se cultiva. Tudo isso é uma questão cultural. A expressão mais adequada para caracterizar a cultura é “como”. Não importa “o que”. As diferenças culturais se manifestam em “com