Lá estava a menina mutilada por suas ilusões, sonhos massacrados pelo príncipe encantado, em uma dança incessante de giros, mão se movendo, pés que não param. Lá estava o menino agoniado pela realidade intensa, era movido pelo “preciso ir pra casa” que enchia sempre sua mente quando procurava a cura de suas feridas. Ali era sua casa. A paz, a loucura, o álcool, as luzes, a música, o cigarro, as drogas. Dançando, girando, gritando. Eles ficaram unidos pelo “lar”. E logo ali ao lado tinha um quarto, o santuário sagrado de uma cidade perfeita, e lá houve a comunhão de feridas, de lágrimas, toques, gritos e prazer. Até que o sol atingiu sua pele, ela acordou do seu sonho perfeito, o cheiro de perfume, cigarro e bebida ela inalou de suas próprias roupas e cabelo; o ato sagrado estava marcado, de uma forma assustadora, fria e linda. Ela fugiu. Algo o queimava tão intensamente que o forçou a sair de seus pensamentos inconscientes, eram os raios solares que saiam da janela. Com sua...
A meta da humanidade é ser humana