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Maria entre as Mulheres: Matriarca da Fé nos Orixás

Por Alan Geraldo Myleo Natural do Rio de Janeiro, mais especificamente Bento Ribeiro, cresceu em uma família de católicos (brancos) na década de 1920. Logo na infância sua espiritualidade começou a se manifestar intensamente com crises que ninguém compreendia. A família católica, sem saber mais o que fazer depois de levar a padres, procurou um terreiro. Lá ela conheceu uma das pessoas mais importantes da vida de nome Dinorá. Foi com Dinorá, que era alguns anos mais velha, que Maria iniciou sua vida no culto aos Orixás. Foi feita de Xangô com Yansã dentro da tradição de Amolokô, muito comum no Rio de Janeiro. Logo na adolescência saiu da casa em que morava e foi viver com Dynorá. A partir de então passou a viver exclusivamente para o culto aos orixás. Em torno de seus 20 anos de idade conheceu um paulistano, por quem se interessou. Ele a convidou para se mudar para São Paulo para viverem juntos. E ela aceitou. Veio, com os orixás, seus guias e suas bolsas e se instalou

Verdade

Não há beleza na verdade. Na verdade só há verdade. Na verdade há força, há honra, há honestidade. Há também incompreensão. Há intolerância. São tamanhas as barreiras da verdade, que muitas vezes, omiti-la é uma saída pacífica para o que pode se tornar uma guerra onde nunca haverá um vencedor. Ninguém perde por ser verdadeiro. A verdade traz força na palavra. Traz força no caráter. Mesmo que essa verdade seja inconveniente, chocante e quebre todas as regras e padrões que até então estão postos como verdade. Ser verdadeiro é uma virtude que agrada a poucos e falta a muitos.

simpli(feli)cidade

O que é felicidade? De quem depende a sua felicidade? Da opinião dos outros? Do que pensam de você? Se acham que você é bonito (a)? Ou não? Será que a felicidade se traduz e limita àquilo que nos é ensinado como felicidade? Agir como se quer ou como as pessoas acham que é correto? Ficar preso aos padrões sem se ater ao bem-estar? Estar bem. Esse é o mais importante sentimento ou sensação. Estar bem, se sentir bem, feliz... é o sonho de todos, mas nem todos, ou melhor, a maioria das pessoas não percebem que isso pode ser muito mais fácil que parece. Raul já dizia, "o homem é o exercício que faz". É preciso exercitar nossa alma, nossa mente e nosso coração para que as coisas simples da vida nos façam feliz. Exercitar-nos para que os infortúnios sejam encarados como necessários para o crescimento próprio e sempre ver no outro suas virtudes antes dos defeitos. 

Infância: um paradigma social

Retomando tempos coloniais, no caso específico do Brasil, a história das crianças é trágica. Os primeiros relatos de crianças rejeitadas, mal tratadas ou mesmo exploradas no Brasil se remete aos filhos de portugueses com índias. Não eram índios e também não eram europeus. Então o que eram? Nada. Alguém sem identidade. Sem referência. Que, por sua vez, poderia ser convertido em servo ou escravo por sua condição natural. Depois, com a escravidão africana, crianças que não serviam para o trabalho eram expulsas das fazendas, deixadas à própria sorte. Com as leis abolicionistas, como a do Ventre Livre por exemplo. Essa questão piorou. Ao longo dos anos e da "evolução" social do país, o surgimento de famílias sem compromisso com a formação daqueles que são postos no mundo,  é cada vez mais intenso. E isso gera cada vez mais as condições propícias para o aumento do trabalho e da exploração infantil, em vários contextos. Quando nos questionamos sobre tais condições, nos vem

Público e Privado no cotidiano social

As esferas se confundem em uma complicada rede de conflitos entre os direitos e os deveres. As ações individuais que geram consequências individuais devem ser proibidas pelo Estado? O Estado tem o direito de regular e se faz na esfera privada? São esses questionamentos que permeiam tais relações entre as ações individuais nas esferas públicas assim as ações do Estado nas esferas privadas. A Revolução Francesa é o marco do mundo moderno, não só por estruturar um Estado Burguês. Mas pelo fato de, através desse novo modelo de Estado, ter-se alterado todas as esferas das instituições privadas. Como disse Michelle Perrot “A vida pública postula a transparência; ela pretende transformar os ânimos e os costumes, criar um homem novo em sua aparência, linguagem e sentimentos, dentro de um tempo e de um espaço remodelados, através de uma pedagogia do signo e do gesto que procede do exterior para o interior.”  Além disso “(...) ela proclama os direitos do indivíduo (...)”. Essa concepção permeia

História Ambiental

Em todos os tempos de nossa História, e também Pré-História, o meio ambiente é um dos fatores definidores do modo de vida humano e todas as suas amplitudes. Se observarmos os registros rupestres e a arte em cerâmica das primeiras expressões escritas rios, montanhas e animais estão no centro das representações. Ao longo do desenvolvimento as civilizações, como as do crescente fértil arábico, as do Nilo, do rio Níger, do Amazonas, do Xingu, do chinês rio Amarelo, do Ganges, entre outros, o controle adaptação desses e nesses ambientes foi o fator diferencial para a produção de riquezas e bens que permitiram a multiplicação e domínio planetário da espécie Homo Sapiens Sapiens. O prospero Mar Mediterrâneo e seu clima favorável à pesca e cultivos também se destaca nessa relação entre meio ambiente e desenvolvimento dos povos. Desde tempos antigos os sábios estudiosos das ciências humanas e da natureza tiveram plena consciência da necessidade de as atividades humanas respeitarem o ci

Caso USP - A vergonha nacional do ano

Existe uma classe pensante em nosso país? São os professores e estudantes dos cursos ligados à educação? Bom, pelo menos deveriam ser. Lembro-me que, há pouco tempo, escrevi um artigo criticando o povo brasileiro pelas mazelas de nosso “jeitinho” (corrupção, desonestidade, alienação, conservadorismo). Agora o Brasil ilustra esse conceito com mais um cenário vergonhoso em que 2000 futuros professores estão manifestando o direito de fumar maconha livremente pelo campus da “melhor” universidade do Brasil. Manifestar e mobilizar grupos em prol de direitos civis e políticos é maravilhoso. Os movimentos pela legalização da maconha, por exemplo, são compreensíveis. Mas por que esses dois mil estudantes nunca fizeram greves e manifestações pelo fim da corrupção, por uma reforma no sistema educacional no Brasil, por melhor distribuição de renda, pela nacionalização total do pré-sal, pelo aumento do salário mínimo, pelo aumento do salário dos funcionários públicos, e muitos outros ponto