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Lamento

Oh... como lamento o futuro de minhas crianças. As Marias Eduardas, tão inteligentes. Uma desenvoltura e maturidade para além da idade. Ah... mas que pena, são pobres da zona L., ou de qualquer zona de trabalhadores negros, nordestinos, imigrantes pobres e brancos também, em menor número. Elas, assim como os Pedros, os Gabriéis, Os Joãos, as Fernandas e Lauras. Escrevem muito bem. Dançam no grupo de balé. Fazem campeonatos de futebol. Desenham. Escrevem. Raciocinam. Brincam. São crianças com futuro acadêmico, cidadão, humano brilhante. Mas são pobres. São crianças que só farão uma universidade se houver universidade pública. Ou bolsas, ou cotas, ou qualquer coisa que possa diminuir a distância provocada pelo dinheiro. Pelo poder de consumo e renda. Mas tudo isso está por fio. Me perdoem meus queridos alunos e queridas alunas, não consegui convencer pessoas o suficiente para se preocuparem com o futuro de vocês. Espero que logo entendam como é perigoso a mistura de religião

Questão de cor

O racismo no Brasil tem raízes tão profundas e rígidas como os regimentos de estamento e servidão tinham da Europa moderna e medieval. Como o sistema de castas da Índia ou o xogunato Japonês. Porém, o status social posto, essa condição "negra" como condição de excluído e inferiorizado, não se sustentou apenas pela hereditariedade, origem étnica/nacional, como em outras sociedades. Aqui o critério mais relevante para o nível de exclusão é o tom da pele, seguido por textura de cabelo e lábios. Há aproximadamente 5 gerações que no Brasil não existe a escravidão legal. Portanto a muito pouco tempo nos resumíamos em uma sociedade divida basicamente em  portugueses, brancos, senhores de terras, ou de outras propriedades, estáveis e imóveis no topo da “pirâmide” (econômica, política, social e moral). Por sua vez uma população predominantemente “preta”, escrava, na base de uma estrutura tão vertical que nem se pode chamar de pirâmide. Essa origem recente de um perfil

Realização

                                                                                         foto: @myleoretratos Tanta realização vista, vivida e sentida é coisa de sonho, utopia, aquelas ideias rebuscadas que o povo acha que começou nas grécia e nas roma. Realização real mesmo é que se realiza na realidade das coisas que acontecem de verdade. Nos pensamentos postos na necessidade de existir sendo, estando, vivendo e convivendo. Realização minha realiza-se no olho brilhado, no gesto falado, mostrado e escrito de juventude de ser que faz de palavra minha um clarão de luz no sentido da existência, na libertação de preconceito e ilusão. Isso é realização.

O egoísmo humanitário - por Bia Pavanelli

A Humanidade é um ser infrator constante, um ser suicida, previsível e de um egoísmo errôneo. O egoísmo é relativo, costuma visar atitudes de quem apenas olha para si mesmo e mostra indiferença ao próximo, porém, na humanidade, se aplica diferentemente.  Como julgar quem mata e vitimizar quem morre sem ser egoísta, sem aplicar conceitos de alteridade? Somos reflexos de nossas raízes, se o ódio nos foi mostrado como forma de vitória ao derrotar um semelhante, como tirar a liberdade de escolha de etnias e pensamentos divergentes? Existem diversas formas de egoísmo, mas provavelmente  o mais massacrante e cruel de todos seja a GLOBALIZAÇÃO, que nada mais é que a busca por poder disfarçado de procura por uma vivência ideal. Ideal pra quem? O egoísmo humanitário é o grande responsável por catástrofes mundiais provocadas pelo homem, na busca constante de monopolizar ideais, de globalizar e dar continuação ao sistema escravocrata, no caso, presos ao julgamento de egoísta incapazes qu

Tombo da Luana

    Lugar de nascimento e criação é lembrança por demais intensa.     Na época, pra mim, nem bonito era. Não porque não era.     Mas por ser tão meu, tão único, por ser tão absolutamente meu sertão aquela roça, que era do pai e foi do avô, que o bonito e o feio não eram nem mesmo uma ideia pensada, ouvida ou dita.      Hoje, na lembrança, e na presença só por visitação por causa de migração minha, vejo e lembro-me de um lugar de água pura e paisagem ainda mais, só que banhada de sol, vento, e às vezes muitas, chuva fina e grossa.    E tem tudo que pássaro de cerrado que canta e pia. Pintassilgo, Picapau e Sabiá. Pardal, Bentivi e Seriema. Tiziu, Trinca-ferro e Passopreto. Maria preta e branca. Canário, Jacú e Curiango. Cabeçinha preta e de fogo. Coleirinha. Papaarroz, Papacapim.    E tantos mais e muito mais que meu pai me ensinou. Ensinou nome de pau e mato também. Urtiga foi das primeira. Congonha, capim gordura. Braquiaria das muitas que tinha. E que braquiaria veio da Á

O que fode são os bancos

Sabe aquela dívida no banco? Empréstimo consignado? Os financiamentos de casa e carro? Essas dívidas de gente assalariada que não tem herança e que dura quase a vida inteira? Sabe? Então, o Brasil e muitos outros países tem esse mesmo tipo de dívida com os bancos.  Os Bancos sempre emprestaram dinheiro para o governo investir em infra-estrutura e produção para vender para o países onde moram os donos dos bancos. Daí o lucro da venda de coisas nossas pagamos os juros da dívida. Damos migalhas ao povo e continuamos endividados.  Pois é, o que fode tudo, tudo mesmo, do trabalhador aos governos, são os bancos.  E por quê os governos, então, não mudam as políticas econômicas, financeiras, bancárias e quantas mais for necessário para deixarmos de ser escravos de dívidas? Vontade política?  Jogos de poder?  Conspirações internacionais? Justiça divina? Mironga forte? Rede Globo? Silvio Santos? Datena? Pânico na PQP? Que será?