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Palavrões... sem moralismo e sem ofensa

          A expressão verbal é um dos principais atributos que compõem a evolução humana. E, como todas as manifestações culturais, ela, a expressão verbal, é regrada por moralismos.                    O sexo, a sexualidade e os órgãos sexuais são naturais aos seres vivos, e nos humanos são condicionados por questões culturais. De certa forma, desmoralizados por muitas culturas.                  Prostituição é uma profissão. Aliás, umas das mais antigas do mundo, uma vez que, em uma época em que quase não havia comércio as mulheres trocavam o calor de seu corpo e de seu afeto por bens e benefícios.             Existem muitos tipos de adjetivos, em nossa língua, que podem ser usados para denegrir a imagem, qualidade ou integridade de outras pessoas. Também para expressar raiva, ira, indignação e outros sentimentos negativos. E em alguns casos positivos, como no caso de um orgasmo ou em uma grande surpresa. Porém adjetivos que expressem tais sentimentos, que pertencem aos m

Celular e sala de aula

      Os celulares na sala de aula tem infernizado a vida de professores, coordenadores e diretores nas escolas. Um verdadeiro vício nos fones de ouvido e na facilidade de andar com uma câmera, uma músicoteca, um gravador, um computador e muito mais (em 10 centímetros quadrados) é um dos grandes problemas enfrentados nas salas de aula. Mas o que fazer? Combater, abolir, confiscar, proibir? Uma coisa é fato. Não vamos conseguir convencer jovens a não utilizarem seus aparelhos. O aparelho é uma propriedade privada do indíviduo, ou seja, não pode ser confiscado. Então se não podemos com o inimigo temos que nos aliar a ele. Toda essa tecnologia comprimida em alguns centímetros quadrados pode servir como excelente ferramenta pedagógica e disciplinar.       Isso mesmo câmeras, gravadores, bluetooths, música e internet são ferramentas pedagógicas muito eficazes em muitos tipos de atividades pedagógicas. Gravação de uma aula expositiva, produção de vídeos, montagem de aulas com imag

História da Pedra

Pedra feita de fogo. Fogo do sol. Do centro. Do espaço. Pedra do meio do caminho. Caminho por cima da pedra. P edra do fundo do rio. Água que medra da pedra. Pedra que quebra pedra. Areia que fere os olhos. Lágrimas que molham a terra. Terra que um dia foi pedra. Pedra que quebra o coco. Quebra o osso, a cabeça e faz fogo. Pedra de ponta de lança. Lança de ponta afiada. Afiada pra guerra, pra caça e pro ódio. Pedra que brilha e reluz. Esquenta derrete e esfria. Pedra dourada. Pedra de bronze, de ferro e de prata. Pedra por cima de pedra. Pedra da tumba, do templo, do altar, da trilha e do tempo. Pedra é de Vânia. Que reflete, constrói e ensina.   Pedra em cima do teto, embaixo da chuva. Pedra que protege o afeto. Pedra da mesa do altar. Pedra banhada de sangue pra Deus. Jah, Tupã, Orixá. Buda, Shiva e Alá. Sangue que aviva a pedra. Pedra que sustenta a fé. Pedra que é viva, energética e ativa. Pedra do fundo da terra. Incandescente, esfumaçante, irradiant

Maria entre as Mulheres: Matriarca da Fé nos Orixás

Por Alan Geraldo Myleo Natural do Rio de Janeiro, mais especificamente Bento Ribeiro, cresceu em uma família de católicos (brancos) na década de 1920. Logo na infância sua espiritualidade começou a se manifestar intensamente com crises que ninguém compreendia. A família católica, sem saber mais o que fazer depois de levar a padres, procurou um terreiro. Lá ela conheceu uma das pessoas mais importantes da vida de nome Dinorá. Foi com Dinorá, que era alguns anos mais velha, que Maria iniciou sua vida no culto aos Orixás. Foi feita de Xangô com Yansã dentro da tradição de Amolokô, muito comum no Rio de Janeiro. Logo na adolescência saiu da casa em que morava e foi viver com Dynorá. A partir de então passou a viver exclusivamente para o culto aos orixás. Em torno de seus 20 anos de idade conheceu um paulistano, por quem se interessou. Ele a convidou para se mudar para São Paulo para viverem juntos. E ela aceitou. Veio, com os orixás, seus guias e suas bolsas e se instalou

Verdade

Não há beleza na verdade. Na verdade só há verdade. Na verdade há força, há honra, há honestidade. Há também incompreensão. Há intolerância. São tamanhas as barreiras da verdade, que muitas vezes, omiti-la é uma saída pacífica para o que pode se tornar uma guerra onde nunca haverá um vencedor. Ninguém perde por ser verdadeiro. A verdade traz força na palavra. Traz força no caráter. Mesmo que essa verdade seja inconveniente, chocante e quebre todas as regras e padrões que até então estão postos como verdade. Ser verdadeiro é uma virtude que agrada a poucos e falta a muitos.

simpli(feli)cidade

O que é felicidade? De quem depende a sua felicidade? Da opinião dos outros? Do que pensam de você? Se acham que você é bonito (a)? Ou não? Será que a felicidade se traduz e limita àquilo que nos é ensinado como felicidade? Agir como se quer ou como as pessoas acham que é correto? Ficar preso aos padrões sem se ater ao bem-estar? Estar bem. Esse é o mais importante sentimento ou sensação. Estar bem, se sentir bem, feliz... é o sonho de todos, mas nem todos, ou melhor, a maioria das pessoas não percebem que isso pode ser muito mais fácil que parece. Raul já dizia, "o homem é o exercício que faz". É preciso exercitar nossa alma, nossa mente e nosso coração para que as coisas simples da vida nos façam feliz. Exercitar-nos para que os infortúnios sejam encarados como necessários para o crescimento próprio e sempre ver no outro suas virtudes antes dos defeitos. 

Infância: um paradigma social

Retomando tempos coloniais, no caso específico do Brasil, a história das crianças é trágica. Os primeiros relatos de crianças rejeitadas, mal tratadas ou mesmo exploradas no Brasil se remete aos filhos de portugueses com índias. Não eram índios e também não eram europeus. Então o que eram? Nada. Alguém sem identidade. Sem referência. Que, por sua vez, poderia ser convertido em servo ou escravo por sua condição natural. Depois, com a escravidão africana, crianças que não serviam para o trabalho eram expulsas das fazendas, deixadas à própria sorte. Com as leis abolicionistas, como a do Ventre Livre por exemplo. Essa questão piorou. Ao longo dos anos e da "evolução" social do país, o surgimento de famílias sem compromisso com a formação daqueles que são postos no mundo,  é cada vez mais intenso. E isso gera cada vez mais as condições propícias para o aumento do trabalho e da exploração infantil, em vários contextos. Quando nos questionamos sobre tais condições, nos vem