Pular para o conteúdo principal

Celular e sala de aula




      Os celulares na sala de aula tem infernizado a vida de professores, coordenadores e diretores nas escolas. Um verdadeiro vício nos fones de ouvido e na facilidade de andar com uma câmera, uma músicoteca, um gravador, um computador e muito mais (em 10 centímetros quadrados) é um dos grandes problemas enfrentados nas salas de aula. Mas o que fazer? Combater, abolir, confiscar, proibir? Uma coisa é fato. Não vamos conseguir convencer jovens a não utilizarem seus aparelhos. O aparelho é uma propriedade privada do indíviduo, ou seja, não pode ser confiscado. Então se não podemos com o inimigo temos que nos aliar a ele. Toda essa tecnologia comprimida em alguns centímetros quadrados pode servir como excelente ferramenta pedagógica e disciplinar. 
    Isso mesmo câmeras, gravadores, bluetooths, música e internet são ferramentas pedagógicas muito eficazes em muitos tipos de atividades pedagógicas. Gravação de uma aula expositiva, produção de vídeos, montagem de aulas com imagens e fotos. Estudo de músicas. Por exemplo, um professor pode propor o estudo de uma determinada música e para estimular o bom uso dos aparelhos ele passa via bluetooth a música para os alunos no início da aula, propõe a analise e orienta e cada um com seu aparelho, pois a maioria tem um, irá ouvir e analisar a música. Outra situação é a pesquisa. Dicionários, Wikipédia e sites são instantaneamente acessados. E por que não usá-los a nosso favor. A favor do aprendizado.
    Mas e como usar como questão disciplinar. É simples. Uma das grandes dificuldades é manter alunos, principalmente do ensino fundamental, sentados e em silêncio após uma atividade. Agora se você propor que, após a atividade realizada, eles estarão liberados para ouvirem suas músicas em seus fones, desde que permaneçam sentados e em silêncio, a aceitação será positiva. Além disso, cultive muito sua paciência para gerir esse uso, pois, como sempre, eles tentarão ultrapassar os limites que você impuser.
    O fato é que temos que nos adaptar às novas realidades. E o vício tecnológico é uma delas. Então vamos tentar converter seus efeitos negativos em efeitos positivos. Criar possibilidades. Negociar situações e diminuir conflitos. Tudo é possível. E é também difícil, mas afinal as coisas boas e positivas não são fáceis.   

Comentários

  1. Achei a dica valiosa, gostei da imagem principal do blog e me assustei com o primeiro quadro a direita rs.

    ResponderExcluir
  2. Uma otima dica , gostei muito e concerteza e muito valida, e sobre o livro e so dizer o dia e o lugar que estarei lá bjos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Tem agente que não é gente.

O conceito de agente público, servidor público, é um dos alicerces fundamentais do processo civilizatório que o Brasil quase não tem. Um agente público serve o público, defende o público, o interesse, os direitos, a segurança, os corpos e os lares do público. Público é o conjunto de cidadãos que pagam os impostos, que por sua vez pagam os salários, aposentadorias e todos os recursos para que existam as instituições públicas. Só que o agente precisa ter esse conceito e essa "crença" no papel social do SERVIÇO público. Antes de reparar no pior, vamos reparar no melhor. Se existe escola, hospital, coleta de lixo e outros serviços públicos que funcionam, bem ou mal, é graças aos bons servidores públicos. Se ainda há crianças aprendendo a ler e escrever, hospitais atendendo pessoas é graças aos bons servidores públicos. E a coisa toda, da polícia ao sistema funerário, só não é melhor por causa da quantidade enorme de pessoas despreparadas moralmente, psicologicamente e intelectua...

Linhagem do Candomblé Kêto no Brasil

Linhagem do Candomblé Kêto no Brasil – Por Alan Geraldo Myleo As informações que seguem foram retiradas do livro de Pierre Verger – Orixás – Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo. A construção dessa linhagem que segue gera, até hoje, muitas divergências pois, além se serem baseadas em versões orais, envolvem uma certa vaidade devido a importância histórica, social, cultural e religiosa que envolvem tais versões. 1º Terreiro de Candomblé Kêto (oficialmente reconhecido) (Primeira metade do séc. XIX) Ilê Axé Iyá Nassô Oká Barroquinha, Salvador – BA 1ª Yalorixá - Iyá Nassô 2ª Yalorixá – Marcelina Obatossí 3ª Yalodê ou Erelun(como era conhecida na sociedade Geledé) Nome de batismo: Maria Júlia Figueiredo Obs: essa é considerada a primeira linhagem da Nação Kêto fundada com o auxílio do Babalawô Bangboxê Obiticô. Segundo algumas versões orais, YáNassô era uma das três princesas vindas do Império de Oyó( junto com Yá Acalá e Yá Adetá) que foram alforriadas por...

A Classe Média e a Manutenção da Desigualdade

A classe média brasileira é, atualmente, a mais numerosa entre as classes sociais existentes hoje. Nossa divisão social atualmente é representada pela seguinte tabela: Fonte: http://controle-financeiro.blogspot.com.br/2008/01/diviso-de-classes-sociais-no-brasil.html De acordo com o site R7 “Mais de 29 milhões de pessoas entraram para a classe C entre 2003 e 2009. Com isso, a chamada classe média passou a ser composta por 94,9 milhões de pessoas, representando 50,5% da população brasileira, segundo estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas)”. (fonte: http://noticias.r7.com/economia/noticias/classe-media-do-brasil-ja-representa-mais-da-metade-da-populacao-20100910.html )              Tal classe média tem importantes representações. Economicamente representa a classe mais consumidora. O principal público do consumismo de massa. É a mola propulsora do capitalismo industrial, dos meios de comunicação em massa e de entretenime...