Pular para o conteúdo principal

Postagens

Uma Oração Racional

    O céu ou a terra? Quando a grande força criadora, o mistério, a origem de tudo, Olodumáre, Zambe Maior, tudo criou, criou mutuamente a energia e a matéria, ou melhor da energia criou a matéria, como dizem os defensores do “Big Bang”. A matéria Ele dividiu em quatro elementos e criou as condições das infinitas metamorfoses desses elementos. Olodumáre deu a este planeta a vida que conhecemos. A força vital que criou todas as outras formas de vida. A vida que criou a vida. A vida que nos criou. E criou nossa consciência. A habilidade de saber que sabemos. A capacidade de questionar. A insaciável dúvida. A infinita curiosidade. Com essa capacidade passamos a nos “religar”. Buscar. Louvar. Pedir e agradecer àquilo que criou a vida, que por sua vez, nos criou. E então voltamos à origem. Ou melhor, nossa consciência nos apresenta nossa origem. Nossa curiosidade nos apresenta a origem material criada pelo princípio da energia, criada por Olodumáre, ou o Mistério. Os quatro

Iorubás, Jejes e Bantos entre as Primeiras Civilizações

Por Alan Geraldo Myleo Uma das principais omissões historiográficas do ensino de História no Brasil e no mundo é a associação de “primeiras civilizações” restrita aos povos do crescente fértil (Egito e Mesopotâmia). Utilizando critérios como domínio da agricultura, domesticação de animais, religião organizada, governos teocráticos, comércio e cidades-estados, os Egípcios, Persas, Fenícios, Hebreus e outros são considerados primeiras civilizações. Crescente Fértil: Oriente Médio A historiografia, ainda eurocêntrica, não aponta, nem mesmo em hipóteses, que os povos da África Subsaariana tiveram o mesmo tipo de organização, em torno de importantes rios da Bacia do Níger como Ògúm, Obá, Oxum, Erinlé, ou mesmo os inúmeros rios que compõem a bacia do Congo. e outros.                                                              Bacia do Níger Bacia do Congo Em torno desses rios, assim como no Crescente Fértil (Nilo, Tigre e Eufrates), surgiram Cidades-esta

Ética social e trabalho

A vaidade pode ser uma virtude. A vaidade intelectual, moral, social, espiritual são propulsores de qualquer ser humano provido de ética. Não existe ética por ética. A atitude humana e seus efeitos pessoais e sociais fazem parte da vaidade humana. Todo intelectual exerce uma vaidade cada vez mais incomum. O gosto pelo conhecimento. Mesmo que não seja utilizado para absolutamente nada, ou simplesmente para uma inútil masturbação de ego.   Adquire-se e acumula-se conhecimento para a profissão e/ou para a vaidade, na maioria das vezes. O trabalho é a ação que manifesta esse tipo de vaidade. Trabalhamos por dois motivos básicos: sustento material e realização moral.  Muitos se limitam à primeira motivação. Para outros tantos, a minoria,   essa realização moral tem como princípio ajudar a melhorar a humanidade. Um certo sentimento coletivista. Uma preocupação, mesmo que sutil, com o bem estar dos semelhantes. A falta da ética no trabalho é uma das características do povo brasi

As bases religiosas e científicas do "racismo".

Preconceitos são provenientes de diferenças. "Existem muitos tipos de preconceitos, que se manifestam como uma forma de proteção ao desconhecido". Essa seria uma definição conformista e romântica sobre um   dos mais terríveis fenômenos sociais existentes e praticados pela humanidade. O Preconceito de cor, etnia e origem é um mal social que persiste em nosso país e em nossa cultura. Na prática podemos dar um exemplo clássico. Duas pessoas com a mesma idade, sexo, grau de escolaridade e condição socio-econômica que concorrem a uma mesma vaga de emprego no Brasil passam por um simples e objetivo processo de seleção: a cor. Duas pessoas que apresentem as mesmas condições intelectuais, sociais e fisicas para ocupar uma vaga de vendedor, por exemplo, serão selecionados pelo quesito boa aparência, que no Brasil significa ser branco, e de preferência de origem caucasiana. Esse é um fenômeno que existe em todos os países em que brancos, negros, indios e mestiços convivem juntos. Há

Autocracia ou República?

Autocracia literalmente significa a partir dos radicais gregos autos (por si próprio), kratos (poder), poder por si próprio. É uma forma de governo na qual um único homem detém o poder supremo. A tirania das ditaduras vividas ao longo de nossa história um tipo de síndrome do pânico em relação à governos autocráticos ou monárquicos. A falta de organização e capacidade administrativa de Príncipes e Reis da Idade Moderna deram espaço aos modelos burgueses e capitalistas de governo conhecidos como democracia, república, presidencialismo ou parlamentarismo. Porém tais modelos são os mais recentes, e isso não significa que ao longo da história da humanidade não existiram prósperos e harmoniosos governos monárquicos ou autocráticos. As ditaduras fascistas, nazista, militares e até as socialistas durante o século XX aconteceram sob a estratégia do imperialismo, da opressão e tirania. E por isso ruíram. A falta de identificação do povo para com os governos e as disputas inter

Vergonha Nacional

Meus caros amigos, conhecidos e desconhecidos, nosso momento político é muito confuso. Acabamos de passar por eleições muito polêmicas. O atual governo chega ao fim com recorde mundial de aprovação (87% segundo pesquisa IBOPE anunciada em 16/12/2010). Muito se discutiu sobre a politização do povo brasileiro nessas eleições. A candidatura do palhaço Tiririca foi um dos motivos desses debates. O povo brasileiro está mais politizado se compararmos com décadas passadas? Eu diria que sim, apesar do fenômeno Tiririca. Mais politizado? Talvez sim. Mobilizado? Não. Acaba de se votar o aumento de mais de 60% no salário dos políticos brasileiros. Ninguém ouviu falar do projeto. Não houve debates, oposições. Aliás quando é para encher o bolso os inimigos viram aliados. E nós? O que podemos fazer quanto ao fato? Alguém me responda, por favor!!!! Em outros países uma grande mobilização, ou mesmo paralisação geral já teria sido feita. Há pouco tempo, a população francesa promoveu

Homo Sapiens Sapiens existencialista

O ser que sabe que sabe. Esse é o segredo da espécie humana. Se um elefante soubesse a força que tem não se deixaria dominar. Mas nós sabemos a força que ele tem. E sabemos seu ponto fraco. Sabemos como superar sua força pelo raciocínio. Pela consciência.   A consciência humana á chave do sucesso. Ou do desastre, como queira. A busca por explicações. O desejo de adquirir ciência sobre tudo no diferenciou das outras espécies. A ciência sobre tudo possibilitou a criação de mecanismos para facilitar nossa sobrevivência material. Então o conforto tornou-se o objetivo da existência. A busca pelo conforto. A busca por facilitar todas as ações que são necessárias à sobrevivência neste ambiente materializado. Depois do conforto o prazer. O lazer. O ter. Bens materiais e prazeres permeiam o objetivo da existência do mundo hipermoderno. Quanto mais adquirimos mais necessitamos. Nossa consciência do que existe torna-se dependência. Se não conhecemos um computador não sentiríam