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Mostrando postagens com o rótulo Educação e Política

Sobre os três poderes, os partidos e o voto - Em Educação Política ao Alcance de Todos

Do pensamento iluminista nasceu a ideia de articular um governo sob três poderes. Com o intuito de dar conta das complexidades do mundo moderno em urbanização e expansão, a divisão dos poderes, teoricamente, visa o equilíbrio e a cooperação entre poder executivo, legislativo e judiciário. A articulação equilibrada desses poderes deveria resultar em uma administração coerente e eficiente. Alcançaria a diversidade de interesses e necessidades dos grupos e indivíduos. Entre tais poderes, o legislativo é o mais importante, de acordo com a essência da democracia. Nele se concentram as representações escolhidas pelo povo de acordo com a região, classes e setores. Entre vereadores, deputados e senadores estão aquele que representam profissões, setores de serviços como educação, saúde e transporte, grupos religiosos, estudantes, produtores rurais, ambientalistas, questão negra, questão indígena, turismo, direitos da mulher, da criança, do idoso. Muitos são os interesses em jogo no seio

Sobre Política - Em Educação Política ao Alcance de Todos

Muitos não sabem definir o termo política. Em dicionários acadêmicos encontramos definições mais elaboradas que fogem à compreensão de crianças, adolescentes e pessoas com escolaridade média. Mas partir para a definição etimológica é um começo que ajuda na compreensão de qualquer conceito. Numa sociedade como a grega, em que a vida pública interessava a todos os cidadãos, chamavam de politikos aquele que se dedicava ao governo da polis ("a cidade, o Estado"), colocando o bem comum acima de seus interesses individuais. Por intermédio do latim, o termo ingressou em todas as línguas ocidentais; no início, porém, adquiriu uma conotação claramente pejorativa: politician, no inglês do séc. 16, designava alguém que recorria a intrigas para adquirir poder ou cargos públicos: algo semelhante ao que hoje chamamos de politiqueiro, que faz politicagem. A partir do século seguinte, no entanto, prevaleceu o sentido de homem público, que representa os partidos na composição do gover

Matemática da desigualdade sem números

Às vezes, quando estou entediado, fico pensando na desigualdade. Talvez, por excesso de conforto e felicidade, me ponha a preocupar-me com os problemas dos outros. Fico com teorias malucas, sem sentido, que não servem pra nada. Mas mesmo assim insisto. Talvez me faça parecer sensível, intelectual. Como se eu fosse alguém que se importa com os problemas do mundo. Tento entender a matemática por traz de tudo. Matemática. A desigualdade é uma questão de matemática.  Não é teoria, política, ideologia, filosofia. É matemática. Poderíamos talvez dizer, por assim dizer, que aquilo que chamamos de riqueza é resultado da soma das coisas que existem na natureza com a força de nosso trabalho, que transforma tais coisas em outras coisas.  E essas coisas que vem de outras coisas e que geram ainda outras coisas vão se multiplicando na medida da engenhosidade e empenho de quem as multiplica. Porém, tal engenhosidade e empenho têm um limite humano. Se a propriedade privada é

A Visão do Paraíso - Sérgio Buarque de Holanda - Considerações

Os textos a seguir compreendem um estudo interpretativo da obra de Sérgio Buarque de Holanda. O objetivo é compartilhar comentários e observações a respeito dos aspectos principais apresentados pela obra ao longo de seu desenvolvimento de uma maneira simplificada e acessível à alunos do Ensino Médio e principiantes dos cursos de História. O que não ausenta a necessidade de se estudar a própria obra.   Visão do Paraíso – Prefácio à segunda edição – páginas IX á XXIV A colonização da America, O novo mundo, foi considerada e registrada como a conquista do paraíso. O éden bíblico prometido por Deus. De norte a sul. Entre ingleses, espanhóis e portugueses a concepção e ambição de fazer dessas terras o lugar da liberdade e da prosperidade foi algo comum. Houve, contudo, diferenças fundamentais nas estruturas e estratégias de colonização de ambas. Portugueses e espanhóis compartilhavam a moral e ética católica e estruturas predominantemente feudais. Os ingleses se fundamenta

A Reprovação em Instituições Privadas Perante o Contexto Neoliberal

As diretrizes pedagógicas vêm passando por um processo de adaptação à lógica Neoliberal. Nesse processo de adaptação existem duas determinantes. A oferta do serviço “educação” compartilhada com o setor privado e a empreitada de diminuir o índice de analfabetismo e exclusão. Em um esboço rápido, o cenário educacional do Brasil, nos últimos 10 anos, passou um processo de expansão do acesso e queda na qualidade. Mais vagas às populações de baixa renda e menores índices de rendimento escolar. Há inúmeros fatores que explicam e justificam tal realidade. O fato é que, nessa perspectiva neoliberal e humanista (se é que seja possível caminharem juntas), todo indivíduo tem o direito de passar pela escola. E é dever da escola, da família e do Estado, promover a emancipação e o desenvolvimento do indivíduo. Esse fator é um dos pontos fundamentais da progressão continuada. Tal estratégia foi implantada contando com ações específicas para dar certo. E uma dessas ações é a partici