Humanizando

No #diainternacionaldamulher dedico para todas elas simples e sinceros versos. O legado de Eva que Habita em todas as mulheres A maçã O fruto proibido. A luz. O saber. Mas todo saber é posto proibido se protege algum poder. Deus ordenou: não coma. Vocês não podem saber. Adão, o privilegiado, primogênito, leal , macho alfa, obedeceu. Eva, inferiorizada na origem, Sem direito ao próprio sopro e ao próprio barro, rebelou-se. Não contentou-se com uma existência de obediência e ignorância. E veio a tentação Pensamento em forma de serpente Tomou seus sentidos e sua mente. A liberdade se fez saber. Na breve mordida proibida. Eva deu a luz a humanidade. Da desobediência nos deu ciência De que no conhecimento e no saber É que habita a liberdade. O legado de Eva não é o pecado. É a dignidade. Viver do próprio suor não é castigo É o que dá sentido e felicidade. O legado de Eva é a rebeldia, a desobediência, É a mãe que dá a luz, Luz do saber que irradia liberdade.

Mil argumentos não alcançam 1 segundo de realidade. É assim que vejo as ciências sociais. As humanidades. Se queres realmente entender o que é luta de classes, lute. Passe pro lado mais fraco da corda. Passe pra parte de baixo da pirâmide. Ou pelo menos veja de perto o que é, de fato, ser privado da dignidade humana. Da dignidade de poder proporcionar comida e roupas decentes para os filhos. E esse lado, por vezes, se resume em apenas viver do próprio suor. Trabalhar para sustentar-se. Gastar todo seu tempo de vida para sobreviver e não para viver.   De poder ouvir, ver e fazer música, teatro, dança, arte e cultura por puro e simples hábito. Ter tempo para viver e ver os filhos crescerem. Ter tempo para comtemplar as coisas agradáveis e simples sem se preocupar se vai conseguir pagar todas as contas do mês. Ter dinheiro o suficiente apenas para se locomover de casa para o trabalho e do trabalho pra casa. Sobrando migalhas para emergências com gastos em farmácia ou oficinas mecân

A palavra é errante. Muito mais erra do que acerta. Basta acento ou vírgula mal dada que entendimento fica retorcido e desviado. Poder da palavra é tão forte que faz milagre e mágica. Abracadabra, asé e amém. Palavra dada em cada reza com seu verbo e verdade. Palavra bem dada, pensada e sentida, posta com sabedoria de bom ouvidor, lhe traz e garante tudo o que é conquista. Palavra de amor, de poder, de fé, de perdão, de amizade e compaixão. Palavra bem dada constrói e eleva. Saber falar e escrever é saber existir. Quanto mais se domina a arte falar o que se pensa e acredita, E ainda mais, Sabe se fazer entender por qualquer ouvinte M elhor se faz sua existência.

Tudo que penso e falo É resultado de pensamento e sentimento dado e causado por quem me ensinou a pensar. E me ensinou a pensar foi Nerso, Lampião, mata de cerrado, tio João.  Foi Chico Buarque César Science  Foi Platão, Roterdã e Papillon Riobaldo Tatarana e Diadorim. Foi canto sagrado de Orixá Foi palavra sagrada dada em verso e prosa Verso divino em língua iorubá. Foi canto forte e sagrado de Babalorixá. Esse é meu pensar. Sou Zé. Sou Sete.  Sou floresta e sou as águas.  Sou Obé e sou Ofá.

Oh... como lamento o futuro de minhas crianças. As Marias Eduardas, tão inteligentes. Uma desenvoltura e maturidade para além da idade. Ah... mas que pena, são pobres da zona L., ou de qualquer zona de trabalhadores negros, nordestinos, imigrantes pobres e brancos também, em menor número. Elas, assim como os Pedros, os Gabriéis, Os Joãos, as Fernandas e Lauras. Escrevem muito bem. Dançam no grupo de balé. Fazem campeonatos de futebol. Desenham. Escrevem. Raciocinam. Brincam. São crianças com futuro acadêmico, cidadão, humano brilhante. Mas são pobres. São crianças que só farão uma universidade se houver universidade pública. Ou bolsas, ou cotas, ou qualquer coisa que possa diminuir a distância provocada pelo dinheiro. Pelo poder de consumo e renda. Mas tudo isso está por fio. Me perdoem meus queridos alunos e queridas alunas, não consegui convencer pessoas o suficiente para se preocuparem com o futuro de vocês. Espero que logo entendam como é perigoso a mistura de religião

O racismo no Brasil tem raízes tão profundas e rígidas como os regimentos de estamento e servidão tinham da Europa moderna e medieval. Como o sistema de castas da Índia ou o xogunato Japonês. Porém, o status social posto, essa condição "negra" como condição de excluído e inferiorizado, não se sustentou apenas pela hereditariedade, origem étnica/nacional, como em outras sociedades. Aqui o critério mais relevante para o nível de exclusão é o tom da pele, seguido por textura de cabelo e lábios. Há aproximadamente 5 gerações que no Brasil não existe a escravidão legal. Portanto a muito pouco tempo nos resumíamos em uma sociedade divida basicamente em  portugueses, brancos, senhores de terras, ou de outras propriedades, estáveis e imóveis no topo da “pirâmide” (econômica, política, social e moral). Por sua vez uma população predominantemente “preta”, escrava, na base de uma estrutura tão vertical que nem se pode chamar de pirâmide. Essa origem recente de um perfil

                                                                                         foto: @myleoretratos Tanta realização vista, vivida e sentida é coisa de sonho, utopia, aquelas ideias rebuscadas que o povo acha que começou nas grécia e nas roma. Realização real mesmo é que se realiza na realidade das coisas que acontecem de verdade. Nos pensamentos postos na necessidade de existir sendo, estando, vivendo e convivendo. Realização minha realiza-se no olho brilhado, no gesto falado, mostrado e escrito de juventude de ser que faz de palavra minha um clarão de luz no sentido da existência, na libertação de preconceito e ilusão. Isso é realização.