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Professor: O GRANDE DESAFIO

O contexto multicultural, a sociedade de consumo e as políticas educacionais neoliberais estão criando um juventude socialmente problemática. Dentre os desafios que enfrentamos e suas causas estão: A ausência de auteridade: O respeito ao próximo e às diferenças estão na contra-mão da vigência das mesmas. Ou seja, em uma época em que as diferenças étnicas e culturais estão cada vez mais comuns e conviventes dividindo os mesmos espaços existe uma imensa produção midiática criando e modelando padrões estéticos e comportamentais que chocam com a real diversidade. E isso se reproduz nas escolas. O fenômeno Bullying é um exemplo. Tal fenômeno atua contra as diferenças, contra aquilo que se impõe como ideal pela mídia de massa, que tem como exemplos extremos os programas BBB e Pânico na TV. Assim sendo nós, professores, temos que lutar diariamente contra os efeitos dessas influências, mediando conflitos, trabalhando valores, respeito ao próximo, convivência e tolerância. Outro fa

Bater Cabeça: submissão, adoração, respeito, confiança...

Dentro das tradições simbólicas nas religiões afro-brasileiras em geral, a ato de “bater  cabeça”, ou seja se prostrar com a testa no chão aos pés do Sacerdote ou da própria entidade a que se está cultuando é comum a quase todas. Mas afinal, o que significa ou envolve tal atitude? O ato de “bater cabeça” carrega em si vários significados. Das mais antigas tradições dos reinos teocráticos de todo o mundo, a relação com o chefe de governo era sagrada. Não se podia olhar nos olhos de seu rei ou de sua rainha. Em sua presença os súditos ficavam prostrados ao chão.  Os africanos vindos como escravos para o Brasil viviam, em África, nesse mesmo tipo de sociedade. Reinos e cidades-estado teocráticos. Mantinham relações totalmente sagradas com seus reis, rainhas, príncipes e princesas. E tais relações eram de comum acordo, pois, por ser considerada sagrada, não necessitava de obrigatoriedade pela força. A própria relação com o sagrado predispunha os súditos ao respeito às leis. N

Você é culto?

O que é uma pessoa culta? Você se considera culto? Você ouve Chico Buarque de Holanda, Vinícius de Morais e Tom Jobim? Vivaldi, Mozart e afins? Freqüenta peças teatrais, apresentações de orquestras sinfônicas, balés...? Lê Machado de Assis, Shakespeare...? Você adora vinho tinto seco, queijo gorgonzola...? Ou seja, você cultiva hábitos e gostos semelhantes a esses e se considera culto, certo?  ERRADO. Em uma definição simplista e comum, cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, lingüísticas e comportamentais de um povo ou civilização. Ou seja, tudo é cultura. O gosto cultural é a diferença. O gosto cultural é definido e imposto de acordo com o local, com as pessoas, com meio em que se vive. “O homem é, culturalmente, fruto do meio.” É muito comum ouvir pesadas críticas à regionalismos culturais com teor discriminatório e racista. Daí provém, inclusive, a expressão folclore, tão pedagogicamente usada. Esse termo foi criado exclusivamente com o objeti

A manutenção da ignorância

O Brasil é um dos países mais ricos em recursos naturais do planeta, porém seus recursos humanos não acompanham tal riqueza. Temos abundância de todos os recursos materiais e naturais ao alto desenvolvimento, como água, minérios, terras agricultáveis, clima favorável, fontes de energia. E então? O que não temos? Um povo que saiba aproveitar isso. Nosso povo Brasileiro é corrupto por essência, guardadas as excessões de uma pequena parcela. Uma vez que nossos representantes, tem como principal característica a corrupção, tal afirmação é validada, uma vez que os representantes são frutos povo.  O famoso e cultuado jeitinho brasileiro tem sua mais expressão na habilidade e hábito de burlar leis, quebrar regras, tirar vantagens sobre tudo e todos, não pagar dívidas, trapacear, não cumprir datas e horários, dentre outras coisas. E tudo isso é considerado um aspecto positivo na mentalidade de nosso povo. Nas escolas do Brasil os alunos e alunas podem ser classificados d

Uma Oração Racional

    O céu ou a terra? Quando a grande força criadora, o mistério, a origem de tudo, Olodumáre, Zambe Maior, tudo criou, criou mutuamente a energia e a matéria, ou melhor da energia criou a matéria, como dizem os defensores do “Big Bang”. A matéria Ele dividiu em quatro elementos e criou as condições das infinitas metamorfoses desses elementos. Olodumáre deu a este planeta a vida que conhecemos. A força vital que criou todas as outras formas de vida. A vida que criou a vida. A vida que nos criou. E criou nossa consciência. A habilidade de saber que sabemos. A capacidade de questionar. A insaciável dúvida. A infinita curiosidade. Com essa capacidade passamos a nos “religar”. Buscar. Louvar. Pedir e agradecer àquilo que criou a vida, que por sua vez, nos criou. E então voltamos à origem. Ou melhor, nossa consciência nos apresenta nossa origem. Nossa curiosidade nos apresenta a origem material criada pelo princípio da energia, criada por Olodumáre, ou o Mistério. Os quatro

Iorubás, Jejes e Bantos entre as Primeiras Civilizações

Por Alan Geraldo Myleo Uma das principais omissões historiográficas do ensino de História no Brasil e no mundo é a associação de “primeiras civilizações” restrita aos povos do crescente fértil (Egito e Mesopotâmia). Utilizando critérios como domínio da agricultura, domesticação de animais, religião organizada, governos teocráticos, comércio e cidades-estados, os Egípcios, Persas, Fenícios, Hebreus e outros são considerados primeiras civilizações. Crescente Fértil: Oriente Médio A historiografia, ainda eurocêntrica, não aponta, nem mesmo em hipóteses, que os povos da África Subsaariana tiveram o mesmo tipo de organização, em torno de importantes rios da Bacia do Níger como Ògúm, Obá, Oxum, Erinlé, ou mesmo os inúmeros rios que compõem a bacia do Congo. e outros.                                                              Bacia do Níger Bacia do Congo Em torno desses rios, assim como no Crescente Fértil (Nilo, Tigre e Eufrates), surgiram Cidades-esta

Ética social e trabalho

A vaidade pode ser uma virtude. A vaidade intelectual, moral, social, espiritual são propulsores de qualquer ser humano provido de ética. Não existe ética por ética. A atitude humana e seus efeitos pessoais e sociais fazem parte da vaidade humana. Todo intelectual exerce uma vaidade cada vez mais incomum. O gosto pelo conhecimento. Mesmo que não seja utilizado para absolutamente nada, ou simplesmente para uma inútil masturbação de ego.   Adquire-se e acumula-se conhecimento para a profissão e/ou para a vaidade, na maioria das vezes. O trabalho é a ação que manifesta esse tipo de vaidade. Trabalhamos por dois motivos básicos: sustento material e realização moral.  Muitos se limitam à primeira motivação. Para outros tantos, a minoria,   essa realização moral tem como princípio ajudar a melhorar a humanidade. Um certo sentimento coletivista. Uma preocupação, mesmo que sutil, com o bem estar dos semelhantes. A falta da ética no trabalho é uma das características do povo brasi