Com respeito e com a mente aberta ao diálogo e ao novo sempre dá pra expandir nossas próprias convicções e nos libertar de nossos próprios preconceitos.
O sacrifício está em todas as metáforas de todas as religiões. Antigamente, de forma literal, muitos povos sacrificavam animais e escravos. E existiam os sacrifícios voluntários também. Pessoas se davam em sacrifício (Não é tão absurdo se pensarmos no jihadistas). Há evidências disso.
Abraão quase matou o próprio filho. É a origem do Judaísmo.
Deus deixou que matassem seu filho. É a origem do cristianismo.
Na bíblia o que mais há é história de sacrifícios, pessoas boas sofrendo e aceitando como redenção ou castigo.
O budismo sacrifica a vontade (conheço pouco), mas sei que o constante desapego e eterno desapego das necessicdades imediatas por uma vida de meditação é um dos princípios básicos. Podemos ler como um sacrifício de nossos desejos humanos imediatos.
Agamenon sacrifica sua filha antes de ir para a guerra de Tróia, pois assim não teria volta, nem possibilidade de desistência.
Stenis Barathian sacrifica sua filha antes de partir para a guerra contra lorde Balduin, (Game of Trhones), pelo mesmo motivo.
Thanos sacrifica Gamora pela pedras do poder. Ainda Thanos sacrifica metade da vida no universo para salvar a outra metade (tipo os fins justificam os meios lá do Maquiavel).
O sacrifício é a causa maior que dá sentido a vida. O sacrifício é vc abrir mão de algo que vc tem, de uma situação de vantagem e conforto em prol de outra pessoa, ou em prol de uma causa.
No plano da metáfora filosófica, religiosa ou existencial, o sacrifício é lindo. É uma busca necessária. Aplicar doses de sacrifícios para que a vida faça sentido.
No plano social o discurso do sacrifício é um desastre. É o ópio do povo. É a romantização do sofrimento e da desgraça que escraviza pessoas ignorantes e manipuláveis pela própria condição de pobreza e semi escravidão. O sacrifício de muitos pra benefício de alguns é a realidade mais nua e crua que existe. E o poder da retórica, da oratória e do monopólio da palavra e da opinião faz com que as pessoas aceitem a pobreza e o sofrimento como um tipo de sacrifício que já vem com o consolo de que depois da morte há de ficar tudo bem.
Comentários
Postar um comentário