Concorrência. Tantos os terreiros e centros de umbanda e candomblé quantos as igrejas neopentecostais se concentram nas periferias e favelas. Elas disputam um mesmo público em um mesmo espaço geográfico. Nas favelas e periferias estão as piores e mais frequentes mazelas. Drogas, violência doméstica, violência do tráfico, violência da polícia, falta de hospitais e escolas decentes. Na favela está concentrado o sofrimento geral que a pobreza causa. E tanto pastores e pastoras quanto pais e mães de santo estão atendendo e consolando essa gente sofrida.
Cada uma consola a seu modo.
Porém é comum as igrejas neopentecostais declararem ódio e intolerância abertamente contra "macumbeiros" como uma estratégia de manipulação e proveito da ignorância alheia. Um evangélico que mora na favela sempre tem um vizinho macumbeiro. O discurso do medo, do diabo, do feitiço, um pensamento medieval que ainda custa a vida e a honra das pessoas.
Um macumbeiro não tem um evangélico como inimigo, a não ser que tenha sido vítima de intolerância. A maioria dos centros de candomblé e umbanda não funcionam como empresas. Funcionam mais como casa de caridade do que qualquer outra coisa. Igrejas não são concorrência para centros.
No Brasil a ignorância das pessoas dão muito lucro e segurança pra esses verdadeiros demônios ladrões que ficam bilionários com a falsa fé alheia.
É fato que há igrejas realmente evangelizadoras, assim como existem picaretas se passando por Pai ou Mãe de santo. É preciso saber separar o joio do trigo em todas as religiões, grupos e culturas.
As igrejas e centros deveriam unir o povo periférico e não separá-lo. E no quesito intolerância os falsos Cristãos são campeões.
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