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Falar sobre deus, religião e fé é necessário

 

Um fenômeno muito peculiar ocorre no Brasil. Uma acelerada escalada de um fascismo neopentecostal nos poderes politicos e jurídicos. Religião e política se misturando na sua forma mais tóxica possível. E a vitória de Lula pode até desacelerar, mas não vai parar.
E não há melhor tratamento para tal fenômeno do que o pensamento e o conhecimento.
Falar sobre deus, religião e fé é necessário, mesmo pra quem não tem.
As discussões e concepções acerca de DEUS deveriam evoluir de um mero ponto de vista no qual DEUS é imagem e semelhança do homem, e atua com consciência sobre o mundo e sobre as pessoas, para outras formas de perceber isso.
Por exemplo, muitas culturas religiosas consideram DEUS uma força cósmica que não necessariamente tem consciência, vontade. Deus é a própria essência do universo. É o próprio universo. E no universo não existe bem e mal. Existem forças opostas, que podem estar em equilíbrio ou não.
E quem estabelece esse equilíbrio são as próprias forças e não Deus. DEUS, então, não é a representação do bem. É a representação da existência das coisas. Da vida, da energia universal. Deus, Adão, Eva, a Maçã... mitologia. Riquíssima, valiosa. Mas mitologia.
Eva é a contestação da autoridade em pessoa. A própria Anarquia. Deus o Todo Poderoso só o é por monopolizar o o Conhecimento. Adão é o servo obediente. A maçã o próprio conhecimento (poder de Deus).
Tudo isso é uma concepção (hebraica) riquíssima da essência das relações políticas e culturais que tem como alicerce poder e conhecimento, que no fim são as mesmas coisas.

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