As discussões e concepções acerca de DEUS deveriam evoluir de
um mero ponto de vista no qual DEUS é imagem e semelhança do homem, e atua com
consciência sobre o mundo e sobre as pessoas, para outras formas de perceber
isso. Por exemplo, muitas culturas religiosas consideram DEUS uma força cósmica
que não necessariamente tem consciência, vontade. Deus é a própria essência do
universo. É o próprio universo. E no universo não existe bem e mal. Existem
forças opostas, que podem estar em equilíbrio ou não. E quem estabelece esse
equilíbrio são as próprias forças e não Deus. DEUS, então, não é a
representação do bem. É a representação da existência das coisas. Da vida, da
energia universal. Deus, Adão, Eva, a Maçã... mitologia. Riquíssima, valiosa.
Mas mitologia. Eva é a contestação da autoridade em pessoa. A própria Anarquia.
Deus o Todo Poderoso só o é por monopolizar o o Conhecimento. Adão é o servo
obediente. A maçã o próprio conhecimento (poder de Deus). Tudo isso é uma
concepção (hebraica) riquíssima da essência das relações políticas e culturais
que tem como alicerce poder e conhecimento, que no fim são as mesmas coisas.
Hoje é o dia do registro do meu vô. Zé Nogueira. Puxador de enxada. Agricultor raiz. Aquele que planta, rega, aduba, colhe, carrega no carrinho de mão. Nunca gostou de explorar nem criação, como cavalo, mula e burro e boi. Aquele que pega, carrega e vende no carrinho de mão. Com as próprias mãos. Anos e anos batendo perna na cidade inteira, vendendo e vendendo, à vista e fiado, mas cobrando com classe e gentileza: leva esse e fica devendo 2, dona Maria. Zé Nogueira. A pouca memória que tenho como neto dos do meio, é tanta que não cabe aqui. Mas só sei que é boa. Memória boa. De um neto que herdou coisa boa. Bença vô!
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