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A Escrita Anarquista



Um dia inventaram que tudo deveria ser justificado. Eu entendi que era certo justificar, porque descobri que justificar é ajeitar, ajustas as palavras jogadas na caixa de escrevinhar.

Mas então percebi
Que esse modo de ajustar
É recuso mesmo pra oprimir
Porque palavra escrita
É livre.
Vai se alastrando a deriva
Pensando de dedo em dedo a pulsar.

E ninguém me ajusta de cá não
Nem mandando ou contratando
Na direita fico não.
Ouvi contar e dizer
Que dá cá não tem amor
Só tem ódio e inguinorança
Egoísmo e presunção.


Gosto mais de anda na esquerda.
Letra em letra, ponto em ponto.
De cá as palavras são mais mansas
Salvo alguma exceção.
Sempre e sempre vê-se palavra boa
Amor esperança união
Altruísmo alteridade
Humildade e devoção.

Em linhas    de anarquia gosto
de raciocinar.
Sem formato,    imposto        ou obrigado,
as palavras                    vão surgindo.
Livres
de existência, de essência, de pensar e de dizer. Com palavras                    em
anarquia, o que  mesmo me           liberta é saber                        que em
liberdade                 plena
de existência não            existe mesmo
é ninguém de malquerença
 no fazer                                  de me julgar.


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