Erro é do humano. E humano se faz por demais na execução de
errar.
Erra de deslecho, de excesso e de capricho. Erra por bem e
mal querer.
Eu mesmo sou errador de constância no sem querer.
Mas erro dos mais doidos é o erro de injustiça cometida ou
vitimada.
Há dor de proporção e
freqüência desigual e acentuada se vitimar de erro dos outros. Mais ainda
quando é erro de intenção, vontade e querer.
Sofrer vitimação de injustiça chateia, enraiva e aperreia.
Mas não é modo de resolução, nem alívio de alma e coração
executar vingança e devolver com moeda mesma que só compra sofrer.
Esse engano de fazer repetência e insistência só no errado e
no sofrer há de lhe afogar e perecer.
Em ocasião de mal querer e mal agir em vício humano, de
vítima ou algoz, remédio de maior valia que consola e abranda alma e coração é
o perdoar ou esquecer.
Dos dois, esquecer é de menos nobreza, pois memória de gente
dá de teimosia , de não desfazer das lembranças as que mais causou sofrer.
Assim pois, perdoar carece mais. Carece de precisar e de
valor ter. Sofrimento perdoado deixa duro e calejado, faz-se fermento de alma,
no crescer e fortalecer. Faz do erro enganado ou intencionado, ensinamento e
aprendizado.
O perdão é libertação da mágoa e do sofrer.
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