Minha liberdade está em libertar-me de minhas vontades.
A força de meu ser está em libertar-me de mim mesmo.
Minha liberdade é sentir-me livre sendo servo.
Que a mim mesmo não tem que pertencer
Mas a alguém qualquer que não a tem.
Alguém que como à mim nunca possui
No ori a mesma força milenar.
Que me possui e me convence
Que não nasci para mim mesmo.
Que nessa terra eu só vim
Para algo muito grande além de mim.
Algo como parte de um ciclo.
De um giro, movimento de um círculo
Xirê sagrado, antepassado, eternizado.
Em palavra dada boca a boca, mente a mente.
Como a terra que recebe a semente.
E faz perpétua, viva e latente
A força ancestral que não se vê. Só se sente.
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