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A Flor Branca Rosa


A delicadeza de suas pétalas
Apazígua minha ansiedade
Descansa meus olhos.

Guarda em mistério profundo
Tão doce e suave
Quanto seu próprio perfume.

Acumula virtudes tantas
Não duvido eu
Que até mesmo Deus
Reserva-lhe suspiros e lembranças.

Sua essência é tão pura
Vai além da imagem, do doce odor e da formosura.
Seu desabrochar é como ópera
É lindo, tocante, sentimental.
No fim murcha. Acaba-se em tragédia
Causando em mim indescritível cólera.

Vejo-a tão distante entre seus espinhos
Suspensa por galhos fiéis como valetes.
Contemplo-a numa admiração platônica
A cada brisa, um movimento, e meu olhar, atônito.

Suas pétalas são como face de donzela
Suavemente rosadas.
Se abrindo em sorriso tão meigo
Que qualquer amante, mesmo em seu leito,
De morte ou moléstia, em paz viveria.

Aquela flor rosa branca
Muito além de meu alcance
É ser abrilhantado
Por si mesmo encantado.
À mim simples mortal
Só resta olhar, sentir, chorar.
Desabrochar e murchar.  

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