Sempre sou algo que penso. O que penso não basta pra mim. O que sinto é sempre intenso. Como vento em noite gelada. Mas é curta, é breve e passa. Só não passa o calor de teu corpo. Teu corpo de mim não separa. Nem em tempo,.em vento, em momento... se acaba. As pernas. Quentes. Coração. Mais quente. Nunca se acaba.
Hoje é o dia do registro do meu vô. Zé Nogueira. Puxador de enxada. Agricultor raiz. Aquele que planta, rega, aduba, colhe, carrega no carrinho de mão. Nunca gostou de explorar nem criação, como cavalo, mula e burro e boi. Aquele que pega, carrega e vende no carrinho de mão. Com as próprias mãos. Anos e anos batendo perna na cidade inteira, vendendo e vendendo, à vista e fiado, mas cobrando com classe e gentileza: leva esse e fica devendo 2, dona Maria. Zé Nogueira. A pouca memória que tenho como neto dos do meio, é tanta que não cabe aqui. Mas só sei que é boa. Memória boa. De um neto que herdou coisa boa. Bença vô!
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