por Alan Geraldo Myleo e Letícia Hira
A
ignorância é como a escuridão. Amedronta, esconde mazelas terríveis que podem
até mesmo matar. Matar com palavras. Palavras que ferem e matam a alma e o
orgulho. Ela nos cerca. Infinita, nos condena à solidão.
A
sabedoria e a razão são como a vela. Um único ponto de luz sobrepondo a
penumbra, o medo e a dúvida. Ela conforta e protege. Causa o pressentimento que
todo e qualquer problema pode ser resolvido.
A brisa
é como a carícia da pessoa amada. Quando ela toca nosso rosto nos sentimos nas
nuvens. Esquecemos de tudo. Somos envolvidos pela paz como a lagarta por seu
casulo. E nos sentimos em uma metamorfose. Como se nosso corpo material,
pesado, contaminado, pouco a pouco também se transformasse em brisa. Em algo
imaterial, que muitos chamam de alma ou espírito. A brisa até mesmo apaga a
vela. Com tanta facilidade que nem mesmo percebemos. Pois seu efeito é tão sutil
e poderoso que, naquele momento qualquer tipo de razão, ou sabedoria, se faz
dispensável.
Em meio
a escuridão da ignorância a vela da sabedoria e da razão nos ilumina e nos protege.
Mas quando passa a escuridão percebemos que não só de sabedoria e razão nosso espírito
se alimenta. E quando os primeiros raios de luz se fazem perceber, a brisa da
paz e do amor toca em nosso rosto, apagando suavemente a vela da sabedoria,
pois naquele momento ela não se faz mais necessária, pois a felicidade é irmã gêmea
do amor e da paz, portanto é trazida pela brisa.
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