Por Myleo
Você se sente um pecador?
Você faz o sinal da cruz quando passa perto de igrejas e cemitérios?
Você diz “amém” quando lhe dizem “vá com Deus”?
Você faz penitência na quaresma?
Você guarda a sexta-feira da paixão?
Você celebra o natal com fé?
Você acredita no juízo final?
Você batiza seu filho da Igreja Católica?
Você casa ou incentiva o casamento de iniciados em Igrejas cristãs?
Você acredita que Esú é o próprio Diabo?
Você acredita que Oxalá é o próprio Jesus?
E que Ogum é o próprio São Jorge?
Você se diz espírita quando lhe perguntam sua religião?
Então você não é filho de “Santo”, você é cristão. O Candomblé não é Cristão. Em nome da Cruz e de Cristo muitos filhos de “Santo”, de Orissá, morreram, apanharam, foram torturados, perseguidos e presos. Pelos bons costumes e moral da igreja, Candomblé e Capoeira foram considerados crimes, pela constituição federal, até meados de 1930. Em folhetos, sermões e discursos informais, você freqüentador de terreiros, é acusado de ter pacto com o Diabo e de praticar feitiçaria para prejudicar pessoas.
No Candomblé, no culto aos Orissás, não existe pecado.
Não se diz amém. Se diz Assé.
Não se cumpre quaresma. Se cumpre os preceitos das obrigações e o dia de seu Orissá.
Não se celebra o natal nem semana santa. Celebra-se as Águas de Ossalá, o Olubajé e outras “datas”.
Não existe juízo final. Existe a continuidade do ciclo da existência.
Existe batismo no Candomblé.
Existe casamento no Candomblé.
Você não precisa ir a Igreja para isso.
A água da igreja não é melhor que a do terreiro ou da própria cachoeira.
A mão do padre ou do pastor não é melhor do que a do Pai ou Mãe de Santo.
Esú não é o Diabo. É Orissá.
Ossalá não é Jesus. É Orissá.
Ogum não é São Jorge. É Orissá.
Você não é espírita. Você é candomblecista.
Sou candoblecista, meu deus é Òlórum. Concordo com tudo mais Natal já é uma festa social.Não tem mais esta conotação de Cristão.Eu vejo assim.emanuel.
ResponderExcluirPerfeito!Sou candoblecista e com orgulho de minha fé.motumbá.Paulo Braulino
ResponderExcluirPerfeito!! Parabens Myleo!!! Mto bom o texto!!! O povo do Candomblé realmente tem q parar e decidir o q é... ou é 8 ou 80!!!
ResponderExcluirA maior virtude dos estudiosos é saber entender e tolerar as diferentes manifestações, os diferentes grupos e as diferentes religiões. Todas com suas fraquezas e forças, com suas virtudes e defeitos. A visão "etnocentrista" não nos permite ver nossos próprios "deméritos" e nos transforma em defensores do que não enxergamos de verdade. Passamos a negar o diferente e apontá-lo como ERRADO, assim como nós, filhos de Orixás, povo de Santo, fomos e somos apontados até hoje. O melhor ditado ainda é: Não faça com o outro o que não quer que façam com você. Neste caso, isso quer dizer: não apontemos as religiões diferentes da nossa como ERRADAS, como más, como cruéis. A tolerância, a compreensão e o respeito ainda são o melhor caminho para termos um mundo melhor. O amor ao outro e o respeito ao Deus que ele cultua, independente da denominação que tenha, é o maior sinal de respeito aos que chamamos de Deus, Olorúm, Zambi... As falhas não estão nas religiões e sim nos homens que estão (ou pensam que estão) a frente delas e tem mais vaidade que fé, mais vaidade que amor ao Santo, mais vaidade que família de santo, mais vaidade que conhecimento, mais vaidade...
ResponderExcluirAxé
Adriane Spínola (Espírita Umbandista - Filha de Santo - "Sem cabeça feita" - Com cabeça aberta e livre - Na luz e paz de minha mãe Iemanjá!)
Gostei muito mas pena que ainda tantos ainda defendam estas práxis em nossa religião . Olodumare moodupe.
ResponderExcluirAs religiões sempre usaram o nome de Deus para praticar os atos de atrocidade mais tristes da história da humanidade. Principalmente o cristianismo na época da inquisição da Igreja Católica, para citar apenas um, ocasião em que morreram milhares de pessoas injustamente. Lamentável o fato de até hoje não termos a liberdade para expressar nossos cultos sem a discriminação, que muitas vezes, parte de nós mesmos. Abraços.
ResponderExcluir