Educação funcional. Vestibular? Carreira? Emprego? Vida pessoal? Emocional? Politização?

Seria de grande valia se pudéssemos descartar o quesito vestibular devido seu caráter antipedagógico e funcional enquanto construção de conhecimento. Porém a seleção é algo inevitável em um sistema em que tecnologia, superpopulação, desigualdade social e de direitos são fatores que se somam em prol da livre e injusta concorrência. Nessa mesma realidade, emprego e carreira são separados do processo de politização, formação social, pessoal e emocional ainda nas instituições de ensino básico. Fatores que deveriam fazer parte de um todo são separados ainda na formação básica. As bases pedagógicas do ensino no mundo capitalista se limitam a vida profissional.
Considerando essa realidade nos âmbitos institucional e familiar em que ambos reproduzem a lógica hipermoderna que potencializa a noção da “liberdade de consumo” como padrão de vida e a busca por poder de consumo como condição ideal, o professor em sua condição de agente transformador, deve exercer sua autonomia ideológica e responsabilidade social que vá na contra mão da lógica hipermoderna. Desconstruir contradições em conceitos como progresso, evolução, desenvolvimento, consumo, liberdade, democracia são os primeiros passos para a ação educativa/social. Fundir diferentes disciplinas em função da transformação da lógica hipermoderna. Promover uma biologia em função da vida. Uma química de promoção da saúde e meio ambiente, uma matemática em função da justiça social, distribuição e clareza sobre economia. Usar das Línguas e Códigos em prol de um nacionalismo popular, original, autônomo. Usar a História para descontruir paradigmas e dogmas conservadores e eurocêntricos. Fazer da Geografia um mecanismo que estabeleça relações homem/natureza/espaço harmonicamente.
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