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Arte e Educação

A arte e a educação podem fazer excelentes parcerias. Mas há riscos. Se não forem estabelecidos parâmetros e direcionamentos a arte pode subjugar a função educacional e se perder em arte pela arte. Pode banalizar a ação educativa.
É cada vez mais difícil penetrar no universo jovem através de ações convencionais. E será ainda mais difícil se ocorrer a banalização de tais ações. A banalização de estratégias e métodos educativos alternativos está cada vez mais comum na sociedade de consumo. Qualquer atividade pedagógica pode ter dois caminhos perante o modelo educacional e o contexto cultural atual: em primeiro lugar, pode a ação pode adquirir um caráter absolutamente lúdico, imediato e sem nenhum tipo de construção. Em segundo lugar, a ação pode adquirir uma função favorável à sociedade de consumo. Exaltar suas características. Se mostrar eficiente e a favor da sociedade de consumo.
A arte enquanto exaltação de sentimentos adapta-se às transformações sociais, mas não as define. A capacidade de influência social e intelectual da arte é extraordinária, seja qual for sua ideologia. E esse é o problema. Na sociedade de consumo a ideologia da arte é o próprio consumo. Os sentimentos exaltados pela arte nessa sociedade são: amor, tesão, paixão, prazer, individualismo, status social, popularidade social, violência, preconceito, narcisismo, hedonismo, e muitos outros desejos e sentimentos que podem ser “comprados”, fornecidos pela sociedade de consumo.
Promover um conhecimento, ou mesmo um contato com uma arte alternativa, uma arte não consumista, é algo complexo e cheio de barreiras. Pois o que é diferente daquilo apresentado e imposto pela sociedade de consumo adquire aspecto de atrasado, ruim, chato. Lembrando que tais noções são construídas, portanto podem ser desconstruídas, destruídas.

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