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Fazer de escrevinhação

Minha teimosia no fazer de escrevinhação é, em uma parte, Confesso e reconheço, exercer de vaidade Em mostrar meu pensamento e ligeira habilidade No pensar com tinta ou grafite Seguro nos dedos grosseiros e unha mal feita. Mas na outra parte, é de certo, Necessário e verdadeiro Prosa feita comigo mesmo. Nas letras dos mais letrados Esse dizer de prosa e rima em papel com tinta  Seria nomeado dialética monológica  De pensamento em verso combinado. Dialética de mim comigo mesmo Com um eu no pensamento e ou outro no sentimento Passando de um pra outro pela mão e pela tinta  Pro papel e de volta pra mente  Em movimento de pensar, escrevinhar, repensar. Comigo mesmo prosear.  

Inquietação desentendida

Quando ainda mais moço do que sou agora Pensamento firme e constante na mente Era mesmo e sempre ir-me embora. Da roça pra cidade. E de volta pra roça. Ir da cidade pra outra maior então E mais longe na distância e no modo de viver. Se dinheiro nem perna alcançava a distância e lugar requerido Viajem era de mente. Inquieta, sempre afetada. Por fungo, por planta ou por pinga. E tanta inquietação aquietada por atrapalhação de beber e fumar Era, de verdade sentida e vivida, Uma vontade danada de um sentido buscar Nessa existência bagunçada e desentendida Que em momentos tantos de ida e vinda Faz coração doer, pesar e apertar De solidão sem sozinho estar E de tristeza sem nada faltar.

Desafio do Cão - Alan Geraldo Myleo

Desafio do Cão! Tem gente que diz que Lula saberia melhor o que fazer nessa crise que está a acontecer. É nada. Que nada. Desafio de Lula de certo era mais brando. Matar a fome de gente faminta é coisa de renda resolve. Fome é coisa material. Se produz e se consome. Lula combateu a fome. Ex-faminto fez dele salvador. O mundo fez doutor. Deu rend a pra pobre e empresário vendeu tanto que se calou. Desafio de Dilma é por demais bem pior. Mais difícil do que fazer surdo ouvir e cego ver. Dilma travou guerra com coisa pior do que o Demônio. A velha maldita corrupção. E, ao contrário da fome que é mal material, corrupção é questão moral. Todo faminto só quer saciar fome. Mais ladrão nunca que quer deixar de ser não. Não tem projeto de governo, lei e punição que dá conta de tanto bandido diplomado, engomado, engravatado. Haja CPI e operação pra combater tantos anos de roubalheira, desvio de verba e sonegação. E pra todo esse povo do lado direito, que é mesmo é oposto do povo, gritando

Um Tal João e Tantas Marias - Memórias

Tal só no dizer. Pois homem esse, por hombridade é muito mais do que tal. João. Filho de outro João que também era Coelho. Foi na beira do ano 2000. Passagem essa das mais vivas em memória minha. Conheci João por finalidade de cavalgada. Eu, menino novo, nomeado Delonge, não tinha animal de montaria em ocasião Mas paixão de montar não faltava em sangue herdado de gente caipira. Esse João, homem de tropa, Me valeu de empréstimo e confiança numa campeada longa A égua pequena, de idade adiantada e cor rosilha, bem mansa e andadeira A eguinha Luluzinha. Mas logo confiança maior João determinou, E burro Romário me confiou. Foi esse dia que de João destino me fez companhia. Não sei se por meu jeito de coragem Ou um apresentar tímido de ter com rédea habilidade Que João me deu o que de mais valia Se dá pra menino novo querendo crescer. Confiança e valor na coragem. Valor de virtude que se fez aliança de ouro em nossa amizade. João, valente que n

Perdoar ou Esquecer

Erro é do humano. E humano se faz por demais na execução de errar. Erra de deslecho, de excesso e de capricho. Erra por bem e mal querer. Eu mesmo sou errador de constância no sem querer. Mas erro dos mais doidos é o erro de injustiça cometida ou vitimada. Há  dor de proporção e freqüência desigual e acentuada se vitimar de erro dos outros. Mais ainda quando é erro de intenção, vontade e querer. Sofrer vitimação de injustiça chateia, enraiva e aperreia. Mas não é modo de resolução, nem alívio de alma e coração executar vingança e devolver com moeda mesma que só compra sofrer. Esse engano de fazer repetência e insistência só no errado e no sofrer há de lhe afogar e perecer. Em ocasião de mal querer e mal agir em vício humano, de vítima ou algoz, remédio de maior valia que consola e abranda alma e coração é o perdoar ou esquecer. Dos dois, esquecer é de menos nobreza, pois memória de gente dá de teimosia , de não desfazer das lembranças as que mais causou sofrer.

Sentido das Coisas

Buscar o sentido das coisas pode parecer dos atos o mais racional e sensato.  Mas é, de verdade mesmo, grande fazer de enganação. A pois, sentido de tudo há por si só. Na mente de buscar com pensamento o que apenas é de se sentir, a gente acaba por dar fim no sentido de tudo por tanto forçar pensar. Pois sentido das coisas foi feito só pra sentir. Se não fosse não se chamava sentido. E sim “pensado”. E pra sentir não carece de pensar.  Carece é de perto, junto e dentro estar.