Humanizando

Macumba é… Festa Comida Música Dança Fé Roupa linda Alegria Pé no chão Encontro Energia Ancestral Força Tambor Cantar Gratidão Devoção Natureza Diversidade Liberdade Mistério Razão Circularidade Resgate Ritual Conexão Acolhimento Harmonia Amor Compreensão Respeito Família Orixá.

Meu sonho não tem preço.  Não há loteria  Nem símbolo sexual Nem guloseimas ou gostosuras Nem droga lícita ou ilícita Nem status ou fama alguma Nem sono profundo de horas a fundo Nem roupa bonita Nem marca Nem joia Nem carro Nem nada Que compra ou paga Meu sonho sonhado.  Meu sonho não tem custo  Não tem preço Nem tamanho Nem medida.  Meu sonho não tem cor Nem cheiro  Nem sabor Nem forma ou intensidade.  Meu sonho não é.  Apenas está.  Pulsação Frequência magnética  Metamorfose Volátil. A cada tempo e cada espaço Meu sonho se frusta e realiza Se esvai e concretiza Sem lógica Mas não ao acaso.  Meu é muito simples De tão simples  Complicado.  É estar bem a todo tempo E quando não  Basta sonhar Depois fazer realizar. 

Um dia inventaram que tudo deveria ser justificado. Eu entendi que era certo justificar, porque descobri que justificar é ajeitar, ajustas as palavras jogadas na caixa de escrevinhar. Mas então percebi Que esse modo de ajustar É recuso mesmo pra oprimir Porque palavra escrita É livre. Vai se alastrando a deriva Pensando de dedo em dedo a pulsar. E ninguém me ajusta de cá não Nem mandando ou contratando Na direita fico não. Ouvi contar e dizer Que dá cá não tem amor Só tem ódio e inguinorança Egoísmo e presunção. Gosto mais de anda na esquerda. Letra em letra, ponto em ponto. De cá as palavras são mais mansas Salvo alguma exceção. Sempre e sempre vê-se palavra boa Amor esperança união Altruísmo alteridade Humildade e devoção. Em linhas      de anarquia gosto de raciocinar. Sem formato,     imposto         ou obrigado, as palavras                     vão surgindo. Livres de existência, de essência, de pensar e de

Todo sujeito e sujeita de coração e cabeça nascido bão Cumpre no mundo de verdade mesmo é grande missão Tocar no pensar e no sentir dos outros bem fundo de coração. Mas não tocar pra finalidade e modo de paixão É tocar pra modo do amor de pensar, de saber e admirar. E é no pensar e no saber que o sentir vai se apurando. Sentimento é igual gente Carece de doutrina, exercício e sabedoria Se não, é sentimento à toa. Desnorteado, atrapalhado. Ofício de ensinador mais que outros todos Tem mesmo, nem que seja um tiquinho de cada vez, Que doutrinar saber científico em saber de sentimento. Porque se assim não for, de nada vale tantas letras, títulos e conhecimento. 

Minha teimosia no fazer de escrevinhação é, em uma parte, Confesso e reconheço, exercer de vaidade Em mostrar meu pensamento e ligeira habilidade No pensar com tinta ou grafite Seguro nos dedos grosseiros e unha mal feita. Mas na outra parte, é de certo, Necessário e verdadeiro Prosa feita comigo mesmo. Nas letras dos mais letrados Esse dizer de prosa e rima em papel com tinta  Seria nomeado dialética monológica  De pensamento em verso combinado. Dialética de mim comigo mesmo Com um eu no pensamento e ou outro no sentimento Passando de um pra outro pela mão e pela tinta  Pro papel e de volta pra mente  Em movimento de pensar, escrevinhar, repensar. Comigo mesmo prosear.  

"Quando da criação do mundo, os Orixás se reuniram para organizar as coisas entre os homens, a natureza e tudo o que passaria a permear a existênicia humana. Depois de tudo posto em seus devidos lugares, segundo o consenso dos Orixás, sob o ministério de Oxalá, sobrou um último e problemático tema: a felicidade. Muito se tinha discutido sobre o assunto. O que fazer? Onde colocar a felicidade para que os seres humanos possuíssem esse sentimento tão importante para eles? Todos opinaram sobre o que fazer com a felicidade. Ogum quis colocar na luta, nas batalhas e conquistas, mas não convenceu a todos e nem a Oxalá. Odé(Oxossi) pensou em depositar a felicidade na fartura, no pão de cada dia, no alimento. Ossãe opinou pelo mistério, pelo segredo das coisas.   Em vão. Obaluayê  pensou em depositar a felicidade na caridade, na ajuda aos pobres. Na humildade. Oxumarê, então quis optar na transformação. A felicidade nas mudanças. Nanã pensou em depositar na integridade pessoal. Na se

- e aí? Firmeza na represa mano? - pode crê mané. - então, tá ligado aquela mina lá, ontem maaano?!?! - ã? - ôxe fií, ela pagô maó pau praquele otário daquele prayboy. - ôxe, e cê feiz o que carái?!?! - ô carái, deu vontade de arregaçá no bagúio, carái! - cuidado mano, aquele cara é zica... - é né?!?! ... maaano, o coringão arregaçô onti, zica do baile maano. - Ronaaaldo, zica do pãntano maaano. - aaaah muleque. é nóis. - aí otário, me empresta o lápis, o meu moiô... - ah, vai se fudê maano. - vai você seu filha da puuuta... - ôxe, esse mané é maó otário, carái, bicha do carái. - aí fessor, explica de novo esse bagúi aí que eu num entendi nada. - mano, esse otário desse professor fala pacarái..., carái.

A negação ao conhecimento é um insulto à minha existência. A ignorância dos estáticos é um choque em meu ser. Meu pensamento é um movimento. Meu sentimento uma corrente. Minha vida não é só minha. Só não sou nada.  Juntos, (logo) existimos. 

Tempo. Infinito tempo. Passado. Presente. Futuro. Imperfeito futuro perfeito. Tempo que passa na História. Memória que fica no tempo. Tempo que pulsa. Universo que expulsa. O estático de seu movimento. Mistério que cria o espaço. Matéria que vira energia. Energia que cria matéria. Matéria que vibra no espaço. Tempo que cria a vida. Vida que vive no tempo. Tempo que cria o Homem. Homem que recria o tempo. Tempo em movimento. No espaço vazio do universo. Universo que cria o Homem. Mistério que cria o universo. Tempo criado por Deus Deus criado por Homem Tempo de Oyá, Javé e de Zeus Deus o vazio do Homem.

A razão humana é a grande inimiga do ser-planeta terra. Somos particulas destruidoras em corpo úmido. A infinidade universal nos faz insignificantes. O egoísmo do pensamento cristão,  idéia de Deus, de Deus à imagem e semelhança do homem justifica o processo de apropriação da natureza e de outros homens. Quem somos? Por que Deus, A Criação, O Mistério seriam semelhantes à particulas destruidoras como nós humanos? Por que Deus seria a imagem e semelhança do câncer do ser-planeta terra. Assista: http://www.youtube.com/watch?v=1b-RIn9BtYk

Somos todos resultantes De variáveis constantes. Sempre avante, em consoante adaptação. Transformador em si mesmo.  Receptor de seu próprio pensamento.  Consciente e consequente  De sua própria condição.  O adaptar-se é incessante  É a essência da ação, função e intenção. Transformar-nos é preciso. Transtornando-nos com um mundo. Em infinita transformação.

Somos feitos de referências O que ser, como ser, para que ser? O que é ser?  Sutis consequências  de falas Expressão e autoridade Poder de construir ou destruir. De reproduzir. De seguir um fluxo De humanidade incerta. Na essência do ser. Fluxo vazio. Mas forte como um rio. Nos resta ser barragens, verdadeiras fortalezas. Na contramão. Em busca do que não ser.

Se a pedra pensasse ela seria. Se a árvore falasse pediria. Se o homem sentisse, não mataria.

Agradeço pelo pão de cada dia. Que cada dia seja de pão. E que um dia todos tenham o pão!

Sob o sol e sobre a terra Energias, em infinitas formas, Nos rodeiam em voltas, ciclos e círculos. Em matéria, em corpo. Morto ou vivo. Em movimento, em chuva e vento. Água e fogo, se misturam em calor e vapor. Nossos corpos são meros instrumentos De outras energias em movimento.

A vida não é um mistério O ser humano é A natureza não é um mistério A criação também não é. O mistério é a mente Não a semente O mistério é a razão A existência não.

                                                       A luta do bem contra o mal O claro e o escuro Tristeza e Felicidade Saúde e enfermidade. A coexistência mútua e constante Do abalo e do tormento Da alegria e do alento. A mente e o coração A emoção e a razão. Tudo é equilíbrio Tudo é cíclico e reflexivo. A física quântica A religião O acaso O caos. A razão e a emoção... Natureza. (Myleo - 13/10/2009)