Escalava uma parede. Fria, suja. No meio da escuridão. Percebia uma luz. Quente. Estranha. Cheia de afeto. Acordei. Percebi então aquele ser. Uma pessoa. De lá vinha o calor. O afeto. A luz. Emanava dela algo invisível. Uma luz que orienta. Guia. Ensina. Esquenta. Esquenta meu coração. Aquece meu ser. Meu dia começava. Apenas acordei. Apenas abri os olhos. Olhei-me no espelho e senti certa juventude. Emocional. Espiritual. Na rua me deparei com uma brisa. Fresca. Quase fria. Agradável. Continuei minha caminhada, entre carros e pessoas. Entre a brisa fresca. Quase fria. Encontrei-me então com sorrisos. Banhei-me de sorrisos. Sorrisos jovens. Tão jovens que, às vezes, perdidos. Perdidos sem saber que estão. Jovens que vivem por viver. E isso sim... Mal sabem eles. Isso sim é viver. Mesmo que dure pouco, bom mesmo é viver por viver. E entre tantos sorrisos, sinceros ou não. Com afeto ou não. Percebi que aquilo era como uma fonte de juventude. Como remédio pra doença do tédio. U...