Ando por aí pensando. Pensando mais que andando. Se tudo isso é mesmo digno de meu pranto. Pranto sem lágrimas, mas com espanto. Quantas mentes me escutam. Mas não ouvem. Quantos olhos me olham. Mas não veem. Quantas bocas não falam. Só se calam. Minhas palavras ao vento, ao tempo, ao leo. Ao vazio do espaço segue meus pensamentos. É assim que me sinto. Quase sempre em meu ofício. E “quase” não é sempre. Ainda resta um orifício. Por onde passa uma luz. Aquela, igual daquele século dito de luz. Pequenos raios de razão, temperados de emoção. Luz que vence os obstáculos. Do sono, da preguiça, do descaso. Da ignorância, da intolerância, do fracasso. Luz que atinge coração e mente. Como chuva na terra com semente. Faz brotar conhecimento e sabedoria. Que voa no horizonte como andorinha. Horizonte de esperança Que mantém viva minha utopia. Utopia de servir, A uma causa além de mim.
A meta da humanidade é ser humana