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Hoje é o dia do registro do meu vô.  Zé Nogueira.  Puxador de enxada. Agricultor raiz.  Aquele que planta, rega, aduba, colhe, carrega no carrinho de mão. Nunca gostou de explorar nem criação, como cavalo, mula e burro e boi. Aquele que pega, carrega e vende no carrinho de mão. Com as próprias mãos.  Anos e anos batendo perna na cidade inteira, vendendo e vendendo, à vista e fiado, mas cobrando com classe e gentileza: leva esse e fica devendo 2, dona Maria.  Zé Nogueira.  A pouca memória que tenho como neto dos do meio, é tanta que não cabe aqui.  Mas só sei que é boa. Memória boa. De um neto que herdou coisa boa.  Bença vô!
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a questão é ÉTICA. é sempre ética.

  lixo na rua, banheiros imundos, escola vandalizada, colar na prova, furar fila. golpistas de todos os tipos prosperam na sociedade de consumo. Cartão de crédito, boletos falsos, aplicativos e emails com fraudes. Golpe do celular, da casa própria, da funerária, do plano de saúde, do seguro do carro. Golpe atrás de golpe. polícia abusiva. grito, suborno, esculacho e humilhação, as vezes só porque o documento está atrasado, e o seu guarda não foi com sua cara. taxas, impostos e juros pra todo lado. absurdamente. abusivamente. e, por outro lado, propina solta pra fiscal deixar passar bastante contrabando. Celular, queijo, farinha de todos os tipos. É o mercado que gira de tudo, basta ter quem compra. tem mentira e manipulação ao vivo todo dia. tem omissão de informação, tem conchavo de empresa, com polícia, político e chefão de boca e milícia, e até com canal de televisão. Esse país é mesmo exemplo de ORGANIZAÇÃO. tem rádio, TV e jornal, que só informa o que quer. e no final dá no tom d

sobre Paulo Freire

Paulo Freire propõe um caminho não violento pra um pacto civilizatório sólido. Compreender Paulo Freire é o caminho mais fácil pra se constituir justiça social, liberdade e prosperidade, sem derramar sangue e sem desapropriações radicais. Basta construir uma pedagogia que construa consciência de classe e função social da existência humana de humana e digna. Seu método aplicado em dimensões nacionais, com um projeto em organizado, romperia em 3 gerações essa estrutura de classe enraizada na escravidão que vivemos. Pois isso ele incomoda tanto, tanto. Ele é perigoso. Um sistema freiriano faria com a competição entre ricos e pobres para vagas de talento científico e artístico ficaria muito mais rigorosa, e o argumento da meritocracia seria realmente invertido pra uma competição mais justa. Oferecer educação conscientizadora pra pobre é o caminho mais curto pra qq tipo de revolução anticapitalista.

Mas

  O termo MAS se torna uma faca cega dilacerando a tentativa de disfarçar uma intolerância oculta. A conjunção adversativa MAS, é outro ato de covardia em qualquer frase sobre um caso desses, de espancamento até a morte, em público, numa covardia que nada deveria justificar (sociedade cristã, de bem que fala né?) na frente da esposa e das câmeras atentas do século XXI. Não cabe mas. Se precisar dizer MAS numa frase sobre um caso desses, ou como da Marielle, do João, ou do Floyd, se precisar dizer MAS, não diga nada. Não seja outro(a) covarde enrustido em frase que usa MAS. "Foi um absurdo MAS ele começou Mas ele tinha passagem MAS ele agrediu MAS .... MAS.... Fatos como esse são purulência de uma ferida infeccionada chamada escravidão. Fatos como esse é a manifestação da insanidade que a doença do racismo consegue alcançar. Cada MAS que a gente ouve e lê sobre essas violências que o racismo escancaradamente gera, dói como um soco, daqueles. Mais uma vez uma mistura de raiva e t

A intolerância

  A intolerância é uma mazela social proveniente da não aceitação do outro. Do diferente. A intolerância é diretamente proporcional à ignorância. Ela é sustentada por conceitos equivocados, calúnias, má interpretação de significados e de doutrinas religiosas. Mas diria que a intolerância religiosa tem um forte aliado. Uma mídia intolerante. Cada vez que alguém que forma opinião dos outros comete um tipo de intolerância, essa intolerância se torna uma onda. Precisamos de programas de recuperação para intolerantes, pois é uma doença. Não devemos odiá-los. Devemos trata-los. Eles são os criminosos mais nocivos. Devemos esfregar o racismo na cara dos racistas. Devemos esfregas a intolerância na cara dos intolerantes. Para que eles se arrependam e encontrem a luz, a "salvação". Muitos nem percebem que são intolerantes. Às vezes consigo mesmo, sendo negros. Não percebem que suas crianças vão se tornando intolerantes logo cedo, imitando suas intolerâncias. A Intolerância religiosa,

Por que evangélicos neopentecostais odeiam tanto as religiões afro?

Concorrência. Tantos os terreiros e centros de umbanda e candomblé quantos as igrejas neopentecostais se concentram nas periferias e favelas. Elas disputam um mesmo público em um mesmo espaço geográfico. Nas favelas e periferias estão as piores e mais frequentes mazelas. Drogas, violência doméstica, violência do tráfico, violência da polícia, falta de hospitais e escolas decentes. Na favela está concentrado o sofrimento geral que a pobreza causa. E tanto pastores e pastoras quanto pais e mães de santo estão atendendo e consolando essa gente sofrida. Cada uma consola a seu modo. Porém é comum as igrejas neopentecostais declararem ódio e intolerância abertamente contra "macumbeiros" como uma estratégia de manipulação e proveito da ignorância alheia. Um evangélico que mora na favela sempre tem um vizinho macumbeiro. O discurso do medo, do diabo, do feitiço, um pensamento medieval que ainda custa a vida e a honra das pessoas. Um macumbeiro não tem um evangélico como inimigo, a

Macumba

Palavra com significado genérico que pode se referir à qualquer coisa relacionada à religião/cultura afro no Brasil. No senso comum o termo "Macumba" é pejorativo. Se refere à feitiços, magias e mistiscismo sempre de caráter diabólico, com finalidades maldosas. Na origem do termo "Macumba" pode ser um tipo de madeira, e/ou também instrumento musical. Se perguntar para uma pessoa candomblecista o que é macumba ela vai dizer que é uma festa, uma celebração. Como dizer, "hoje tem macumba na mãe fulana". Na escola "Macumba" e "macumbeiro" são modos de praticar bullying contra crianças que tem familiares umbandistas ou candomblecistas, ou contra crianças negras apenas. Se perguntar pra uma criança de família umbandista ou candomblecista "o que é macumba?", ela provavelmente vai pensar em lugar onde ela brinca muito, come muito, e tem tambor e pode dançar. Macumba é muita coisa. Só não é do mal. Pois o mal tá nas pessoas, e não n