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Mostrando postagens com o rótulo Produções de Alunas(os)

Lembrança - Por Thaís Fernanda

Lá estava a menina mutilada por suas ilusões, sonhos massacrados pelo príncipe encantado, em uma dança incessante de giros, mão se movendo, pés que não param. Lá estava o menino agoniado pela realidade intensa, era movido pelo “preciso ir pra casa” que enchia sempre sua mente quando procurava a cura de suas feridas. Ali era sua casa. A paz, a loucura, o álcool, as luzes, a música, o cigarro, as drogas. Dançando, girando, gritando. Eles ficaram unidos pelo “lar”. E logo ali ao lado tinha um quarto, o santuário sagrado de uma cidade perfeita, e lá houve a comunhão de feridas, de lágrimas, toques, gritos e prazer. Até que o sol atingiu sua pele, ela acordou do seu sonho perfeito, o cheiro de perfume, cigarro e bebida ela inalou de suas próprias roupas e cabelo; o ato sagrado estava marcado, de uma forma assustadora, fria e linda. Ela fugiu. Algo o queimava tão intensamente que o forçou a sair de seus pensamentos inconscientes, eram os raios solares que saiam da janela. Com sua

Mateologia - Por Fernanda Mota

A vida é efêmera, esquecemo-nos disso constantemente. Passamos os dias a buscar uma razão para vivê-la, ou uma maneira de fugir da realidade incoveniente que é viver. Alguns passam o dia sem pensar, apenas tentando preencher vazios que muitas vezes nem sequer notam que existem . Raros são os satisfeitos e a esses me pergunto se são assim por ignorância. Viver não é fácil, exige lutas eternas e diárias é sofrer o seu quinhão mas causar e comprar também o sofrimento de muitos,  é se frustrar, se desesperar, se entristecer e perder. A vida é como já dizia João Cabral de Melo Neto, severina. Então por que levantar todos os dias da cama para estudar, trabalhar, chorar, se alegrar e morrer mais a cada dia? 

Metanoia - Por Bruna Resende

Sempre sonhamos com coisas grandes e esquecemos das pequenezas cotidianas, essas sim são grandiosas por natureza. O maior legado que a gente pode deixar são as pessoas com quem nos relacionamos ao longo de nossas jornadas; as maiores coisas, os maiores sonhos e os maiores milagres residem nas mais simples ações. Daqui pra frente é tudo muito incerto, a certeza de acordar todas as manhãs e ver os mesmos rostos darão espaço à aflição de enfrentar uma nova realidade, mas, com o tempo, esse "novo e assustador" lugar se tornará comum, um novo lar. E é assim que a vida segue, mutante e inconstante, teremos sempre medo, mas um dia, como qualquer ser vivo, a gente se acostuma.

Trabalho Infantil - Por Ruana Yamagishi

O menino ao relento Contra o selvagem vento Nunca teve a oportunidade De cursar uma faculdade Trabalho infantil é proibido Mesmo que seja escondido Com lagrima, a criança Espera e se cansa Ansiando por um alimento Ansiando por uma casa Ele poderia ter tudo  Mas nada é de graça Quando o povo acordar E aprender a amar A dor terá um fim Será simples assim

Memórias - Por Thais Fernanda

Elas nascem no momento que o cérebro registra a situação,  Às vezes ela é esquecida, como todas as pessoas um dia são. Elas são coisas tão vivas dentro de ti, Que as más o corroem, E as boas o ilumina. São quase humanas. Pois, na essência. Um sentimento. E junto a você, Em um dia, Morrerá.

Desespero - Por Thais Fernanda

Mas era o lugar errado. Mas o errado não importava mais. Na escuridão, o caído. Da gravidade, sua lei. O barulho de um grito do silêncio interno. Porque não foi no certo? Porque a lei não foi quebrada? Porque a gravidade não é inversa. A lua iluminou o horror. Esse silêncio nunca mais gritou.

Clones - Por Thais Fernanda

Os clones paralelos, Gritam, socam e marcam este. Os erros corroem o cérebro. Não há mais outras possibilidades. Os paralelos são um, Que grita, soca e se marca. O sangue da consciência. Dia a dia, O afoga Sem morte. Nunca mais a superfície. Mergulhado se manterá.

República Velha: 4 décadas de exclusão em nome da democracia - Por Luana Santos

    Em 1891, com a nova constituição aos moldes daquilo que se chama de República, os brasileiros pensaram que teriam um novo país. Infelizmente não foi o que ocorreu. Podemos dizer que até hoje esperamos essa nova nação, em que todos terão realmente direitos iguais, que esse violento capitalismo seja repensado, amenizando todas as desigualdades sociais e assim, iniciando um período de paz. Doce ilusão.    Durante a República Velha as mudanças não foram muito significativas para a população. Teve o início do Federalismo com a autonomia dos Estados, o surgimento dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e o “Direito ao voto”, que excluía quase toda a população. Soldados, mendigos, mulheres, menores de 21 anos, analfabetos, pessoas de ordem monástica eram totalmente proibidos de votar e aqueles poucos que podiam, tinham que votar em frente ao olhar inquiridor da banca. Fora isso, ainda existia as fraudes eleitorais, também denominados “bicos-de-pena”. Mas por q