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Mostrando postagens de agosto, 2013

Eu Depois

Escalava uma parede. Fria, suja. No meio da escuridão. Percebia uma luz. Quente. Estranha. Cheia de afeto. Acordei. Percebi então aquele ser. Uma pessoa. De lá vinha o calor. O afeto. A luz. Emanava dela algo invisível. Uma luz que orienta. Guia. Ensina. Esquenta. Esquenta meu coração. Aquece meu ser. Meu dia começava. Apenas acordei. Apenas abri os olhos. Olhei-me no espelho e senti certa juventude. Emocional. Espiritual. Na rua me deparei com uma brisa. Fresca. Quase fria. Agradável. Continuei minha caminhada, entre carros e pessoas. Entre a brisa fresca. Quase fria. Encontrei-me então com sorrisos. Banhei-me de sorrisos. Sorrisos jovens. Tão jovens que, às vezes, perdidos. Perdidos sem saber que estão. Jovens que vivem por viver. E isso sim... Mal sabem eles. Isso sim é viver. Mesmo que dure pouco, bom mesmo é viver por viver. E entre tantos sorrisos, sinceros ou não. Com afeto ou não. Percebi que aquilo era como uma fonte de juventude. Como remédio pra doença do tédio. U

Eu Hoje

Me sinto esgotado Como um rato cansado No meio do esgoto No mijo, na bosta, na lama afogado. Me sinto um demente Com a língua entre os dentes Minha mente um vulcão Meu corpo um bagaço. Nem sei mais quem eu sou Nem mesmo se sou Pra que sirvo, vivo, onde estou. Mesmo eu, sei que eu não sou nada Nem mesmo pra mim. Sou apenas assim. Mais um... mais um nada. 

Nunca Se Acaba

Sempre sou algo que penso. O que penso não basta pra mim. O que sinto é sempre intenso. Como vento em noite gelada. Mas é curta, é breve e passa. Só não passa o calor de teu corpo. Teu corpo de mim não separa. Nem em tempo,.em vento, em momento... se acaba. As pernas. Quentes. Coração. Mais quente. Nunca se acaba.