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Mostrando postagens de julho, 2013

Olga - Filme Dublado Completo

Marcadores Com certeza uma das melhores produções do cinema nacional. Conta o drama da revolucionária socialista soviética que veio ao Brasil para apoiar Luís Carlos Prestes em uma revolução socialista no Brasil. Baseado em um história real. 

Liberdade ou igualdade? Capitalismo ou Socialismo?

    Liberdade e igualdade são conceitos. Não fatos. Uma abstração teórica.    O estado de liberdade e de igualdade são construídos de acordo com determinados padrões éticos e políticos da sociedade. Ninguém ou nenhuma sociedade é ou já foi plenamente livre e igual, se considerarmos a definição básica de tais conceitos.     A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz: “todos os homens são livres e iguais...”. Mas basta observar à sua volta, ou mesmo observar a sua própria condição humana, que perceberá que essa ideia é falsa.     O único estado de igualdade, literal,  é a vontade sobre algo. Quando duas pessoas querem a mesma coisa elas se tornam iguais. Iguais em seus objetivos. E quando existe a vontade de duas pessoas sobre a mesma coisa surge a competição. Portanto o estado de igualdade é, na essência, o estado de guerra, de competição entre as pessoas. E para não haver a competição para a posse de algo, ou o prevalecimento de alguma vontade sobre a outra, o Estado

A Homossexualidade Sob um Olhar Candomblecista

Por Alan Geraldo Myleo Uma das questões mais polêmicas da sociedade atual é a homossexualidade. Cada sociedade, em diferentes épocas, deu tratamentos diferentes à questão. Se considerarmos a cultura ocidental como referencia, teremos o período pré-Igreja Católica e pós-Igreja Católica. A sociedade grega e romana não tinha a homossexualidade como um tabu. Ao contrário, em muitos casos era status para um homem se relacionar com outro homem que fosse um respeitado guerreiro ou membro das camadas superiores da sociedade de então. Há inúmeros relatos em obras literárias e cinematográficas sobre o homossexualismo da Idade Antiga. No oriente, transformam meninos comuns, ou mesmo os mais delicados e afeminados, em valorizadas concubinas que serviam como acompanhantes de homens ricos e importantes. Na índia, dentro das tradições hindus antigas, homens afeminados são considerados o “terceiro sexo” e que tem sensibilidades e dons espirituais mais aguçados do que heterossexuais. São

Orixás: Divindades ou Produtos?

Por Alan Geraldo Myleo Os Orixás existem para serem louvados e não vendidos. O culto aos orixás, independente de sua forma vive um grave problema. A comercialização de sua fé. Quando se fala em “terreiro de macumba’”, em pai ou mãe de santo, às pessoas que não são adeptas imaginam um feitiço, uma mironga, uma mandinga para trazer o amor, arrumar um emprego ou prejudicar um inimigo. Mulheres e homens traídos e vendedores que não conseguem vender são os que mais procuram. O jogo de Búzios é um instrumento de adivinhação nesse comércio. O ebó é algo que tem como objetivo resolver os problemas das pessoas. A iniciação é algo que trará o melhor emprego, o melhor companheiro, ou companheira, e todos os problemas das pessoas são resolvidos depois de iniciados. Estabelece-se uma relação exclusiva de troca entre o Orixá e aquele que cultua. Existem pessoas que colocam o Orixá de castigo. Fazem ameaças do tipo: “se você não me trazer tal coisa não lhe darei de comer”. Dentro de um te

O Candomblé e Suas Simbologias

·   Bater Cabeça Dentro das tradições simbólicas nas religiões afro-brasileiras em geral, a ato de “bater cabeça”, ou seja, se prostrar com a testa no chão aos pés do Sacerdote ou da própria entidade a que se está cultuando é comum a quase todas. Mas afinal, o que significa ou envolve tal atitude? O ato de “bater cabeça” carrega em si vários significados. Das mais antigas tradições dos reinos teocráticos de todo o mundo, a relação com o chefe de governo era sagrada. Não se podia olhar nos olhos de seu rei ou de sua rainha. Em sua presença os súditos ficavam prostrados ao chão. Os africanos vindos como escravos para o Brasil viviam, em África, nesse mesmo tipo de sociedade. Reinos e cidades-estados teocráticos. Mantinham relações totalmente sagradas com seus reis, rainhas, príncipes e princesas. E tais relações eram de comum acordo, pois, por ser considerada sagrada, não necessitava de obrigatoriedade pela força. A própria relação com o sagrado predispunha os súditos a

Origem dos Candomblés de Nação

A organização dos grupos Yorubás no Brasil coincide com o período em que a urbanização se acelera em cidades como Salvador-BA, Rio de Janeiro-RJ, Recife-PE e São Luís-MA. Foi também o período em que os movimentos abolicionistas ficavam cada vez mais fortes. Nessa época, início do séc. XIX, já era possível adquirir alforrias comprando ou ganhando dos senhores e das senhoras de escravos. Nesse contexto intensificaram-se as participações de escravos urbanos e ex-escravos alforriados nas confrarias religiosas. Eram irmandades católicas que funcionavam sob a autorização da Igreja Católica e que permitiam a reunião de negros e negras para fins religiosos católicos, porém a incorporação de elementos das crenças populares foram naturalmente ocorrendo. Foram dessas irmandades que surgiram muitas tradições culturais e religiosas tipicamente brasileiras como o Congado, o Maracatu e o Candomblé. Essas irmandades se organizavam de acordo com as etnias. Como aponta Verger “Os pretos de Angola

Gratidão e Devoção

O que seria eu Nesse mundo cão Sem os caminhos de Exú Sem o dom da comunicação. O que seria eu Nesse mundo de empecilhos, Sem a força de Ogum Sem sua obstinação. O que seria eu Nesse mundo sem fé Sem a astúcia, a esperteza e a certeza Do grande caçador, meu pai Odé. O que seria eu Nesse mundo de medo Sem Ossãe. Sem seus mistérios, Suas folhas, seu segredo. O que seria eu O que poderia fazer Sem saúde, sem bondade. Sem o pai Obaluayê. O que seria eu Nesse universo em transição Sem Bessen, Oxumarê. Sem o dom da transformação. O que seria eu nessa terra de malícia De egoísmo e tentação Sem Nanã, a grande Mãe E seu dom da compreensão. O que seria eu Nesse mundo sem devoção Sem Obá, mulher guerreira Sem seu dom da dedicação. O que seria eu Nesse mundo cego de ilusão Sem Ewá, senhora da visão. O que seria de mim Sem amor e vaidade Sem perceber o que há de bom Em mim mesmo. De verdade.

Ser Como Estamos: Humanos

À minha frente vejo uma mesa. Em sua volta uma família feliz. Bebendo, comendo, cantando, gargalhando. Ao lado da mesa. Vejo restos de alimento. Ao redor dos restos outra família feliz. Um bando de pombos comendo, grunhindo, brigando, pulando. Olho pra cima e vejo nuvens. Juntas, unidas como uma família. Felizes. Quase chovendo. Prestes a despejar sobre mim bilhões de lágrimas de felicidade. À minha frente, logo abaixo de minha caneta, vejo uma família de linhas sobre um papel branco. Felizes a receber minhas letras. Estranhas mas verdadeiras. Vejo ainda, sobre minha cabeça, uma câmera a vigiar cada momento. Cada movimento. Feliz a guardar em sua memória cada imagem. Cada expressão de vida. Do vento, do pombo, de mim, do universo. Mais ao lado vejo outra família. Palmeiras felizes. Dançando ao vento. Soprando com carinho, como só se encontra no litoral, momentos antes de um temporal. Todos são felizes. Por serem o que são. Como são. Apenas existirem lhes basta. Comer, sorrir, b

SENTIR EM SONHO

Hoje acordei. Olhei. Ouvi. Parei. Pensei. Quem sou? Onde estou? Do que sei? Não sabia meu nome. Minha idade. Minha cidade. Não sabia do que sabia. Só sabia que não sabia. Como pode ser? Acordar e não saber? Olhar e não ver? Escutar e não ouvir? Sentir e não ser? Quanto desespero. Não poder reconhecer tudo aquilo que meus próprios sentidos conseguem perceber.  Onde está meu paladar? Que gosto tem esse jantar? Pra onde foi minha audição? Do que fala essa canção? Onde está minha visão? Quais as cores que me cercam? Só vejo um clarão. Onde está meu olfato? Não sinto o cheiro da flor, da chuva, nem do mato. Não tenho mais o tato. O calor... a pele... não sinto o contato. Que pesadelo não sentir. Que maldição não ter sensação. De que vale minha razão se não tenho mais emoção? Percebo que tenho o choro. Sem lágrimas, com dor. Agonia e decepção. Tenho sono. Intenso, mortal. Minha cabeça pesa. Lá fora o ruído da chuva mais parece uma reza. Fúnebre, macabra, gelada, calada. Parece a

PROTESTO EM MIM MESMO

Protesto contra meu sono com a cara em frente ao espelho num golpe de água fria, um suspiro profundo...  Mais um dia. Protesto contra minha gula, em frente ao balcão, perante uma fritura. E, de quando em vez, uma vitória, um gole de água pura. Seguindo o tempo do sol, do relógio e do mundo, protesto contra meu patrão. Digo sim senhor. Em mim mesmo penso... NÃO. Sigo em protesto. Protesto contra a adolescência. Digo chega. Agora não. Preguiça, sono, desdém. Em voz de trovão, por vezes, me torno um transtorno. Protesto contra a ignorância. Jogo pedras na intolerância. Lanço ódio ao preconceito. Atiro flechas de reflexão em arco de informação, envenenadas de conhecimento que saem do coração. Protesto em lousa escura, com o branco de meu giz. Entôo em palavra rouca tudo aquilo que me condiz. Protesto contra a insensibilidade. Contra tudo que se afirma como verdade. Plenamente consciente de toda sua eterna nua, crua, implacável impossibilidade. Protesto c

República Velha: 4 décadas de exclusão em nome da democracia - Por Luana Santos

    Em 1891, com a nova constituição aos moldes daquilo que se chama de República, os brasileiros pensaram que teriam um novo país. Infelizmente não foi o que ocorreu. Podemos dizer que até hoje esperamos essa nova nação, em que todos terão realmente direitos iguais, que esse violento capitalismo seja repensado, amenizando todas as desigualdades sociais e assim, iniciando um período de paz. Doce ilusão.    Durante a República Velha as mudanças não foram muito significativas para a população. Teve o início do Federalismo com a autonomia dos Estados, o surgimento dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e o “Direito ao voto”, que excluía quase toda a população. Soldados, mendigos, mulheres, menores de 21 anos, analfabetos, pessoas de ordem monástica eram totalmente proibidos de votar e aqueles poucos que podiam, tinham que votar em frente ao olhar inquiridor da banca. Fora isso, ainda existia as fraudes eleitorais, também denominados “bicos-de-pena”. Mas por q

Era Vargas: A Era Que Ainda É - Por Bruna Matos

“Getúlio Vargas” é um nome que, muito provavelmente, nunca será esquecido na história do Brasil. Ao longo de sua trajetória há alguns anos atrás, o “pai dos pobres” (e dos ricos também) consolidou medidas realmente revolucionárias e que estão presentes até hoje em nosso cotidiano. As heranças da Era Vargas são incontáveis, mas existem algumas delas que merecem destaque. Utilizemos como exemplo a famosa política populista. O populismo nada mais é do que governar, ou seja, tomar medidas no seu governo, que sejam favoráveis, benéficas e agradem tanto à classe pobre quanto à elite. Fica claro que essa política é expressivamente presente no contexto atual. Prefeitos, governadores e presidentes montam seus discursos e suas propagandas políticas cuidadosamente, utilizando textos que prometam melhorar a situação do trabalhador e dos miseráveis, mas que não pareçam ameaçadoras demais para a elite (Lula e Dilma tomavam e tomam, respectivamente, providências desse tipo). Outro ponto que não p