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Mostrando postagens de abril, 2013

Sou o que sou pela soma do que já fui.

                                                             Salvador Dali Oh que saudades tenho, daquilo que sentia tão intensamente sem saber mesmo que tudo aquilo não passava de ilusão. Mas oh doce ilusão. Que saudades tenho de ti. Ilusão de ser verdadeiramente amado por aquela que nem mesmo sabia o que era o amor.    Saudades tenho de minhas dúvidas sobre Deus. Se ele existia ou não. Se minhas orações em momentos de profunda angústia, por não ter o rosto de uma paixão nas palmas de minhas mãos, eram realmente ouvidas por algo ou alguém. Como me sentia abandonado por Deus, pelos anjos, pelo espírito, santo ou não.         Quanta ilusão assombrava meus sonhos. Disso não tenho saudades. Sonhar em ser notado, admirado por pessoas que nem mesmo conheço. Enquanto isso, aqueles que me percebiam eu não os percebia. Aqueles que me amavam eu não percebia. Aqueles que me admiravam eu não compreendia. Que sonho ruim, quase pesadelo, sonhar em ser quem não se pode ser.

Chamas da vaidade

por Alan Geraldo Myleo Cuidado bela donzela. Um passo atrás belo rapaz. O que chamas de beleza Não passa de ilusão Contaminada visão Equivocada certeza. Aquilo que é belo Em traços de uma face Em curvas de um corpo São só chamas da vaidade Queimando sua vida Se acabando com a idade Em nostalgia e desgosto Consumindo a felicidade. A beleza de verdade Não se perde na idade É algo imortal. Invisível, imaterial. Belo mesmo é o caráter A habilidade de ser bom A honestidade como um dom A personalidade e humildade.   O amor verdadeiro é uma dádiva Que une vidas em uma só Supera defeitos, doenças e dor. O amor equivocado Disfarçado de paixão Fantasiado pela estética É armadilha a espera Dos tolos e cegos A queimarem-se e afogarem-se Nas chamas da vaidade Nos mares da ilusão.   

Sou só o que me sobrou ser - Por Beatriz Brito

São Paulo, SP, Brasil – 1º de Abril de 2013, por Beatriz Brito Quebrando os galhos secos de uma primavera passada com meus pés descalços, observo o céu acinzentado e sinto minha alma escurecer junto com ele. Sem sol, sem nuvens, sem, mais tarde, lua ou estrelas, me condeno, me escondo, me isolo. Cubro meu rosto de vergonhas implícitas em meus atuais atos. O que sobrou de mim agora? Sou só o que me sobrou ser.